Vinholi substitui Bruno Araújo na coordenação da campanha de Doria

Clima fica tenso no PSDB e alguns militantes pediram renúncia do presidente nacional do partido

Vinholi substitui Bruno Araújo na coordenação da campanha de Doria. Foto: Divulgação

A equipe do pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB João Doria comunicou nesta quinta-feira (15/040 a substituição de Bruno Araújo do posto de coordenador-geral da campanha pelo presidente-geral do partido em São Paulo Marco Vinholi.

Araújo, que é presidente nacional do PSDB, havia sido convidado por Doria para a função. Mas em recentes manifestações durante entrevistas e encontros empresariais, relativizou a candidatura de Doria – que venceu democraticamente as prévias do partido em novembro. Essa postura, considerada pouco agregadora, motivou a decisão.

Marco Vinholi desempenhou papel fundamental no fortalecimento do PSDB no estado e é considerado um hábil articulador político por sua ampla capacidade de diálogo.

A substituição causou tensão dentro do PSDB. “Ufa! Comando que nunca fiz questão de exercer. Aliás, ele sabe as circunstâncias em que e o porque ‘aceitei’ à época. Aliás, objetivo cumprido!”, afirmou Araújo no Twitter, depois do comunicado de Doria.

Militância do PSDB pede a renúncia de Bruno Araújo em tuitaço

As tentativas do presidente do PSDB Bruno Araujo de impedir a candidatura de João Doria à Presidência da República acabou culminado com a sua retirada do posto de coordenador-geral da campanha. Após a anúncio de sua substituição por Marco Vinholi, militantes tucanos que já estavam irritados com sua postura que consideram “antidemocrática”, se revoltaram quando ele assumiu em um tweet irônico que estava “aliviado” por ter sido retirado da função.

Em poucas horas a hashtag #reunuciabrunoaraujo se alastrou pelo Tweeter de forma exponencial e atingiu seu pico às 13h18 desta sexta-feira.

Nas postagens, filiados se queixam da postura “anti-democrática” do presidente do partido. Eles entendem que Araujo estaria rasgando o estatuto do PSDB ao tentar fazer prevalecer “seus interesses pessoais em detrimento da escolha democrática que elegeu Doria nas prévias internas do partido para disputar a corrida presidencial”.

Bruno foi comparado nas redes a Judas Iscariotes, que traiu Jesus, e frases como “se joga no colo do Aécio” se espalharam pelo seu perfil.