Vídeo: Mãe reencontra filho após ficar intubada no CHM de Santo André
Paciente, que segue internada, se recuperou de quadro de infecção pulmonar e teve atendido desejo de amamentar o filho
- Mãe reencontra filho após ficar intubada no CHM de Santo André.
Foto: Divulgação/PSA
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 24/01/2023
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Paciente, que segue internada, se recuperou de quadro de infecção pulmonar e teve atendido desejo de amamentar o filho
O CHM (Centro Hospitalar Municipal) de Santo André promoveu nesta semana um emocionante encontro entre a paciente Bárbara Brandão da Silva, de 25 anos, e seu filho recém-nascido, o pequeno João Brandão Faria.
A mãe teve um quadro de infecção pulmonar grave após o parto, chegou a ser intubada, mas se recuperou e teve atendido o desejo de amamentar a criança. Ela segue internada no CHM.
Apesar de ter passado por uma gestação tranquila, Bárbara foi diagnosticada com Covid-19 na reta final da gravidez. “Com oito meses de gestação eu peguei Covid-19. Mesmo com todas as doses eu fiquei mal. Eu já sabia que Covid era algo sério, quando peguei tive muito medo, mas graças a Deus tudo correu bem”, conta.
No dia 17 de janeiro, cinco dias após o nascimento do seu segundo filho, a paciente foi intubada com quadro de infecção pulmonar e transferida para a UTI do CHM em estado grave. Após apresentar uma expressiva melhora, Bárbara foi extubada e manifestou o desejo de amamentar o filho recém-nascido.
O CHM de Santo André vive um novo momento e o cuidado humanizado se tornou uma ferramenta de terapia e tratamento. Como parte dessa política, e em uma articulação inédita entre equipe multiprofissional e diretoria hospitalar, houve uma grande mobilização para que o desejo fosse atendido seguindo todos os protocolos sanitários de saúde e segurança para a mãe e para o bebê.
“Estou no hospital desde o nascimento do João, meu bebê teve alta e eu fiquei internada. Ser intubada é angustiante, pois você vai dormir, mas não sabe se vai acordar. Quando eu acordei, demorei para entender o que estava acontecendo, mas me senti segura porque estava cercada por uma equipe maravilhosa que me deu muito apoio e todo suporte necessário”, pontua Bárbara.
Após ser acomodada em um leito de isolamento, o encontro finalmente foi realizado e gerou comoção para todos os presentes. A visita foi acompanhada pelo marido Henrique Feliciano Faria, de 29 anos, e pelo filho mais velho do casal, Joaquim Brandão Lima, de 6 anos.
A psicóloga Aline Cipriano de Oliveira, de 38 anos, forneceu suporte emocional para a família e explicou sobre a importância dessa assistência.
“Fizemos o primeiro contato para saber como estava a cabeça dela, até porque se tratava de uma puérpera que tinha sido recentemente extubada. Também atendemos o marido, que estava bem fragilizado. A gente busca ter um atendimento estreito e humanizado. A equipe conseguiu proporcionar um ambiente adequado para ela receber o bebê, mas se não fosse possível, íamos acompanhar esse pós-parto e ajudá-la a encontrar recursos para enfrentar esse momento. Para quem está hospitalizado é mais difícil, pois fica no imaginário, sem saber ao certo o que está acontecendo com sua família que está fora do ambiente hospitalar”, explica.
Uma vez ao dia a paciente recebe a visita do seu bebê e consegue fazer a amamentação, ato importante e simbólico, sobretudo, nesses primeiros dias do nascimento. Nos outros momentos do dia, o recém-nascido recebe o complemento alimentar em casa.
“Amamentar era um sonho para mim. Eu não consegui amamentar o meu primeiro filho e dessa vez eu queria muito. Quando eu me vi separada dele, nessa situação, eu fiquei frustrada vendo a produção indo para frente e o meu leite diminuir. Foi um fôlego a mais ter esse momento com ele”, diz Bárbara.
O aleitamento materno na primeira hora de vida é importante tanto para o bebê quanto para a mãe, pois auxilia nas contrações uterinas, diminuindo o risco de hemorragia. E, além das questões de saúde, a amamentação fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho.
Agora que o susto já passou, a grande expectativa da família é para a tão esperada alta médica. “Estou me sentindo aliviado, passei por muitos dias difíceis dormindo na porta do hospital, angustiado. A minha felicidade vai estar completa quando ela estiver em casa. O atendimento foi excepcional, tive um respaldo muito grande e a médica me esclareceu muito bem”, comenta Henrique Feliciano Faria.