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Vanessa Damo ganha força na gestão da mãe e é nomeada secretária de Governo

 Portaria com designação de nova função foi publicada no diário oficial nesta terça-feira

  • Rompimento: família Damo e família Jacomussi, em abril, quando ainda eram aliados.
    Foto: Divulgação/PMA-Caio Arruda
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 29/05/2018
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 Portaria com designação de nova função foi publicada no diário oficial nesta terça-feira

Vanessa durante posse como secretária de Assuntos Institucionais, em abril deste ano. Foto: Divulgação/PMA-Caio Arruda

A prefeita em exercício de Mauá, Alaíde Damo (MDB), nomeou a filha Vanessa Damo como secretária de Governo. A portaria foi publicada nesta terça-feira (29/05), no Diário Oficial do Município. Até então, Vanessa comandava somente a Pasta de Assuntos Institucionais. Com a nova designação da chefe do Executivo, ela vai acumular duas secretarias e mostra que ganha cada dia mais força na gestão da mãe.

Vanessa é quem orienta Alaíde nas ações administrativas da Prefeitura durante o afastamento de até 45 dias do prefeito Atila Jacomussi (PSB), preso pela Polícia Federal,, em 9 de maio por suspeita de lavagem de dinheiro. Sem experiência política, a prefeita interina tem seguido as orientações da filha que foi deputada estadual por três vezes, foi vereadora e teve uma breve passagem no governo do presidente da República, Michel Temer (MDB), como superintendente do Ibama.

Vanessa foi procurada, mas não deu retorno até o fechamento da reportagem. Na Prefeitura, a informação é de que Vanessa assumiu a Secretária de Governo interinamente.

Ação

O fato de atuar como secretária tem chamado a atenção. O advogado Abrahão Nacle, por exemplo, entrou 3º Vara da Fazenda Pública de Mauá, na sexta-feira (25/05), para afastar Vanessa da função com base em uma decisão da 1ª Vara Cível da Justiça Federal de São Paulo que também a tirou do comando do Ibama, em outubro de 2016.

Nos dois casos, o advogado apontou a cassação de Vanessa pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) como deputada estadual, em 2016. Desde então, ela perdeu os direitos políticos até 2020.

A acusação na época da cassação foi abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação na eleição municipal de 2012. Ela, então candidata a prefeita, foi acusada de ser a autora de materiais ligando ex-prefeito Donisete Braga (ex-PT e hoje no Pros) ao assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel (PT), em 2002. Donisete disputou a Prefeitura naquele ano e saiu vitorioso.