Vaguinho e Cida Ferreira são condenados e ficam inelegíveis até 2024
Candidatos a prefeito e vice em Diadema, nas eleições de 2016, participaram de culto da Igreja Universal; ambos recorreram da decisão no TRE
- Vaguinho e Cida ficaram inelegíveis até 2024 por abuso do poder econômico.
Foto: Divulgação/ Facebook
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 25/07/2018
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Candidatos a prefeito e vice em Diadema, nas eleições de 2016, participaram de culto da Igreja Universal; ambos recorreram da decisão no TRE
A juíza Luciana Ferrari, da 222ª Zona Eleitoral de Diadema, condenou por abuso do poder econômico o candidato a prefeito nas últimas Vaguinho do Conselho (PRB) e sua vice, Cida Ferreira (MDB). Ambos, que também já foram vereadores na cidade, ficaram inelegíveis até 2024 porque participaram de culto religioso na igreja Universal do Reino de Deus, onde um pastor pediu votos para a chapa majoritária nas eleições de 2016.
A juíza também condenou o pastor da Universal em Diadema, Jorge Corrêa, a ficar inelegível por oito anos. De acordo com a sentença, existiu “desequilíbrio” nas eleições porque a igreja tem relação estreita com o PRB, partido do então prefeiturável. Para a Justiça, as provas mostram que houve indução dos fiéis para votar no número “10”, que é o número do partido de Vaguinho.
O pedido de votos dentro da igreja foi fim do segundo turno das eleições de 2016, quando Vaguinho disputou com o prefeito reeleito Lauro Michels (PV) com 48,1% dos votos válidos. Foi a coligação do verde que impetrou com o processo
No processo, consta que o candidato do PRB participou dos cultos, enquanto sua vice Cida Ferreira teria participado de um encontros religioso. Em um desses cultos um dos pastores da Universal comparou o prefeito Lauro Michels ao “satanás” e ao “demônio” pediu votos a Vaguinho porque o republicano “está conosco” e “vai ajudar a igreja em Diadema”.
Vaguinho afirmou à reportagem do ABCD Jornal que já recorreu da decisão no TRE (Tribunal Regional Eleitoral). “Não fui eu que pedi voto. Não vi as filmagens, mas quem falou foi um pastor da igreja. Achei um absurdo a juíza alegar que foi abuso de poder econômico. Já recorri no TRE e temos certeza que vamos reverter essa decisão”, disse Vaguinho.
Cida Ferreira não foi localizada para se posicionar sobre o assunto.