USCS está entre os 12 centros de testes da vacina contra o coronavírus
Anúncio foi feito pelo governador João Doria nesta quarta-feira; Unidades de pesquisa da capital e do interior receberão voluntários para aplicação de doses
- Inova USCS atuará em projetos estratégicos da cadeia produtiva da saúde; na indústria e seus espaços potenciais de reconversão .
Foto: Divulgação/PSCS
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 01/07/2020
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Anúncio foi feito pelo governador João Doria nesta quarta-feira; Unidades de pesquisa da capital e do interior receberão voluntários para aplicação de doses
O Governador João Doria anunciou nesta quarta-feira (1º/07) que foram definidos os 12 centros que serão responsáveis pelos testes de fase 3, em humanos, da CoronaVac, vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, uma das mais promissoras em todo o mundo. Entre as instituições escolhidas está a USCS (Universidade de São Caetano do Sul).
“Termos a USCS como um dos centros de pesquisas que testarão a vacina reflete o nosso compromisso com a ciência, com a Saúde pública e, sobretudo, com o enfrentamento à covid-19. É um orgulho muito grande”, destaca o prefeito José Auricchio Júnior.
“Trata-se de um marco histórico, no qual a USCS irá participar ativamente de algo que poderá ser positivo para o País e para o mundo. É um grande reconhecimento para a instituição, como potência na área médica e da Saúde, por meio do curso de Medicina, e da Prefeitura, com quem trabalhamos ativamente nos programas de combate à pandemia”, completou o reitor da USCS Leandro Prearo.
Os testes serão realizados em nove mil voluntários em centros de pesquisas de seis estados brasileiros: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. A pesquisa clínica será coordenada pelo Instituto Butantan,um dos maiores centros de pesquisa, desenvolvimento e produção de imunobiológicos do mundo.
“Quero ressaltar que o acordo com a Sinovac prevê explicitamente a transferência de tecnologia para a produção em escala industrial da vacina contra o coronavírus em São Paulo pelo Butantan. E assegurar também que a vacina será distribuída gratuitamente pelo SUS em São Paulo e em todo o país. A capacidade de produção do Instituto Butantan é de 100 milhões de unidades da vacina”, disse o Governador.
Na cidade de São Paulo, os testes serão conduzidos pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Hospital Israelita Albert Einstein. Também serão envolvidos no estado de São Paulo a Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Hospital das Clínicas da Unicamp em Campinas, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e o Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.
As pesquisas serão realizadas, ainda, na Universidade de Brasília (UnB), Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da Universidade Federal de Minas Gerais, Hospital São Lucas da PUC do Rio Grande do Sul e Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná.
A vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Sinovac é uma das mais promissoras do mundo, porque utiliza tecnologia já conhecida e amplamente aplicada em outras vacinas. Por isso, o Instituto Butantan avalia que sua incorporação ao sistema de saúde deva ocorrer mais facilmente. O laboratório com sede em Pequim já realizou testes do produto em cerca de mil voluntários na China, nas fases 1 e 2. Antes, o modelo experimental aplicado em macacos apresentou resultados expressivos em termos de resposta imune contra as proteínas do vírus.
Agora a farmacêutica fornecerá ao Butantan as doses da vacina para a realização de testes clínicos de fase 3 em voluntários no Brasil, com o objetivo de demonstrar sua eficácia e segurança.
Caso a vacina seja aprovada, a Sinovac e o Butantan vão firmar acordo de transferência de tecnologia para produção em escala industrial tanto na China como no Brasil para fornecimento gratuito ao SUS (Sistema Único de Saúde). Os passos seguintes serão o registro do produto pela Anvisa e fornecimento da vacina em todo o Brasil.
“A união da experiência do Butantan na produção de imunobiológicos aos esforços da Sinovac permitirá que logo o país tenha uma vacina efetiva e segura contra a COVID-19, protegendo as pessoas e salvando milhares de vidas”, afirma o diretor do Instituto Butantan e integrante do Centro de Contingência do coronavírus do estado, Dimas Tadeu Covas.