TRF3 decreta prisão preventiva de Atila Damo e vice Alaíde Damo deve assumir
Advogado diz que entrará com pedido de habeas corpus para tentar soltura do prefeito
- Gaspar e Atila foram flagrados com dinheiro em casa.
Foto: Divulgação
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 11/05/2018
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Advogado diz que entrará com pedido de habeas corpus para tentar soltura do prefeito
O desembargador federal do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), Maurício Kato, decretou a prisão preventiva do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), e de seu secretário de governo, João Eduardo Gaspar. Desde quarta-feira (09/05), a prisão era temporária, ou seja, o prazo era de apenas cinco dias detidos, prorrogáveis pelo mesmo período. Agora, a situação complicou, pois não há prazo para a soltura.
Atila e Gaspar foram presos em flagrante na quarta-feira (09/05) porque tinham dinheiro em casa. O prefeito possuía R$ 87 mil, enquanto o secretário R$ 588,4 mil. Ambos são investigados pela Operação Prato Feito, deflagrada pela Polícia Federal para desarticular cinco grupos criminosos de empresários que faziam lobby junto às prefeituras para serem contratados e junto com os agentes políticos desviavam dinheiro repassado pela União para aplicar em merenda escolar. Vários municípios no País são investigados. No Estado de São Paulo, são 19 Prefeituras, sendo duas delas no ABCD: São Bernardo e Mauá.
O advogado do prefeito, Daniel Bialski, disse que vai entrar com pedido de habeas corpus. Mas a situação de Atila está cada vez mais difícil e a vice-prefeita, Alaíde Damo, mulher do ex-prefeito Leonel Damo deverá assumir o cargo interinamente.
A Prefeitura confirmou a prisão, mas entende que o prefeito permanecerá no exercício de seu cargo público e com manutenção de todos os seus direitos políticos. “A defesa de Atila impetrará habeas corpus perante o STJ (Superior Tribunal de Justiça), visto que a decisão carece de motivação válida, argumentos idôneos e necessidade. Aliás, reforçamos que se fez demonstração hábil de que todos os valores encontrados em sua residência tem lastro, origem lícita e são oriundos de salários, alugueres e saques de pensão. Diga-se ainda que na operação deflagrada não há citação de qualquer envolvimento do prefeito Atila Jacomussi em ilicitude ou atos de improbidade. O prefeito Atila reforça que acredita na Justiça, continua a colaborar com as investigações e que nada tem a esconder”, disse a nota da assessoria do prefeito.