TRF-3 adia julgamento de Atila pelo crime de lavagem de dinheiro
Advogado do prefeito de Mauá alegou que teria de participar de outro julgamento na mesma data e Justiça acatou solicitação
- Atila tenta no TJ anular impeachment e voltar para o cargo.
Foto: Divulgação/PMA-Caio Arruda
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 21/03/2019
- Compartilhar:
- [addtoany]
Advogado do prefeito de Mauá alegou que teria de participar de outro julgamento na mesma data e Justiça acatou solicitação
O desembargador federal Maurício Kato, do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), adiou o julgamento da ação movida pelo MPF (Ministério Público Federal) contra o prefeito de Muá, Atila Jacomussi (PSB), e o ex-secretário de Governo João Gaspar pelos crimes de lavagem de dinheiro. Um decisão no processo ocorreria nesta quinta-feira (21/03), mas o advogado do chefe do Executivo pediu para adiar, porque ele participaria de outro julgamento na mesma data.
De acordo com o Tribunal, o processo deve voltar na pauta em 16 de maio, porque haverá nova sessão presencial da 4ª seção do Tribunal.
Como o julgamento não ocorreu, o prefeito poderá concentrar esforços para derrubar os dois processos de impeachment que tramitam no Legislativo.
Entenda o caso
Atila foi preso duas vezes no ano passado. A primeira foi em maio de 2018 em Operação deflagrada pela PF (Polícia Federal) e batizada como Operação Prato Feito. A acusação é de que houve desvios em contratos públicos da merenda escolar e dos uniformes. O prefeito seria o beneficiário, sendo que o ex-secretário de Governo João Gaspar foi apontado como operador do esquema. Todos negam. Atila alegou que o dinheiro tinha origem em pagamentos de aluguel e sobra do salários.
O prefeito de Mauá foi preso porque a Polícia Federal encontrou no armário de sua cozinha R$ 87 mil. O dinheiro estava guardado em panelas. Na residência do secretário, o montante foi muito maior, pois a PF encontrou em dinheiro dentro de mochilas e envelopes, sendo R$ 588.417, 2.985 euros e US$ 1,3 mil.
Na Operação Prato Feito, outros integrantes do primeiro escalão do governo foram acusados, entre eles Fernando Coppola, o Xuxa (MDB), ex-secretário de Educação e Carlos Zeli Carvalho, dono da empresa que fornecia uniformes.
Essa operação Prato Feito teve desdobramento em dezembro, quando Atila foi preso pela segunda vez em outra Operação deflagrada pela PF e batizada de Trato Feito. Neste caso, a acusação é de pagamento de mensalinho a 21 dos 23 vereadores, além de um suplente.