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TRE julga em 19 de julho processo de Auricchio e seu vice Vidoski

 Prefeito de São Caetano é acusado de caixa 2 e organização criminosa nas eleições de 2016

  • Auricchio vai pagar abono de professores a partir de abril.
    Foto: Divulgação/PSCS
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 13/07/2018
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 Prefeito de São Caetano é acusado de caixa 2 e organização criminosa nas eleições de 2016

auricchio

Auricchio será julgado na próxima quinta-feira. Foto: Divulgação/PSCS

O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo agendou para a próxima quinta-feira (19/07) o julgamento da denúncia contra o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), e seu vice, Beto Vidoski (PSDB). Ambos são acusados de receber doações ilegais durante as eleições de 2016.

APRE (Procuradoria Regional Eleitoral) de São Paulo protocolou em 12 de junho no TRE acusação contra ambos e outras sete pessoas por caixa 2 e formação de organização criminosa nas eleições municipais de 2016. “Estima-se que 54% do montante arrecadado para a campanha eleitoral é proveniente de doações dissimuladas, o que coloca em xeque a própria legitimidade do pleito de 2016 no município”, disse a PRE. Na denúncia, foi também pedida indenização material e moral no valor de R$ 6 milhões.

De acordo com a Procuradoria, desde maio do ano passado há investigação sobre o caso e detectou-se a utilização de diversas pessoas físicas para disfarçar a origem dos recursos que financiaram a campanha à prefeitura de São Caetano e que teriam abastecido o caixa do diretório local do PSDB no mesmo período.

A denúncia tem como base a doação de R$ 293 mil em nome de Ana Maria Comparini Silva à campanha tucana. Ela é considerada “laranja” pelo Ministério Público. “Pessoa humilde e pensionista do INSS, pela qual transitaram cerca de R$ 1,4 milhão, dinheiro que abasteceu direta ou indiretamente a campanha eleitoral e o partido”.

A Procuradoria recorda que trata-se da mesma pessoa física que aparece como doadora da campanha do vereador de São Paulo Camilo Cristófaro (PSB), que seu mandato cassado pela Justiça Eleitoral por captação ilícita de recursos financeiros (R$ 6 mil) durante as eleições.

Recentemente, o prefeito concedeu entrevista ao ABCD Jornal e falou sobre esse processo que tramita na Justiça Eleitoral. “Toda vez que você sofre um processo judicial tem um grau de preocupação. A minha preocupação é de me defender da melhor maneira possível e provar a minha inocência. Esse é o básico de quando você tem um processo judicial. Esse é meu objetivo e dos meus advogados”, disse.