Suspeito de participar da morte de família em S.Bernardo se apresenta à polícia
Jonathan Fagundes Ramos é primo da namorada de Ana Flávia, filha do casal morto carbonizado junto com o filho de 16 anos
- Jonathan Fagundes Ramos é primo da namorada de Ana Flávia, filha do casal morto carbonizado junto com o filho de 16 anos.
Foto: Reprodução/Redes Sociais
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 10/02/2020
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Jonathan Fagundes Ramos é primo da namorada de Ana Flávia, filha do casal morto carbonizado junto com o filho de 16 anos
Mais um suspeito de participar da morte da família carbonizada em São Bernardo, em 28 de janeiro, está preso. Jonathan Fagundes Ramos se apresentou na manhã desta segunda-feira (10/02) em uma Delegacia de Praia Grande. Litoral sul de São Paulo, cidade onde os pais dele moram.
A Justiça já havia decretado na quinta-feira (06/02) a prisão dele. Jonathan Fagundes Ramos é irmão de Juliano de Oliveira Ramos Júnior, que está preso assim como a prima dos dois, Carina Abreu, que é companheira de Ana Flávia Gonçalves, filha do casal Romuyki Gonçalves, 43 anos , e Flaviana Gonçalves, 40 anos, além do filho Juan, de 15 anos. A filha do casal e a namorada são as principais suspeitas de planejar roubo e a morte da própria família. Ambas foram as primeiras a serem presas um da depois do crime.
Jonathan é acusado de comprar a gasolina para atear fogo no carro da família, na Estrada do Montanhão.
Entenda o caso
Romuyki, Flaviana e Juan foram carbonizados dentro veículo Jeep Compass, que pertencia à família.
Oos primeiros depoimentos, Ana Flávia e Carina negaram, mas com o depoimento de Juliano apontando-as como mentoras do crime, elas mudaram a versão e admitiram que planejaram o roubo. (Foram elas que colocaram os bandidos dentro do veículo e depois deixaram entrar na casa da família.
De acordo com a polícia, no primeiro depoimento, as suspeitas mencionaram que a família tinha uma dívida com um agiota e que Flaviana teria saído de casa de madrugada para realizar o pagamento e depois seguiria para Minas Gerais. A presença do filho no carro fez a polícia desconfiar da versão.
A Polícia encontrou a casa toda revirada e tinha sangue em cômodos, roupas e na máquina de lavar. O que levantou suspeita é de que a casa estava fechada, não tinha sinais de arrombamento. Foram roubados eletrodomésticos, documentos, joias, além de dólares e R$ 8 mil em espécie.
Também foram localizados litros de água sanitária e manchas de sangue no quarto do adolescente. Também havia manchas de sangue em peças de roupa de Ana Flávia (no joelho e na parte da genitália).
Uma testemunha chave revelou à Polícia que viu um homem de 1,90 m de altura junto com Ana Flávia e Carina, carregando coisas pesadas para o veículo. O suspeito é Juliano, primo de Carina, o terceiro a ser detidoem 4 de fevereiro. Ele já confessou o crime e mencionou que a ação foi premeditada e que Ana Flávia autorizou o assassinato da família.
De acordo com Juliano, a intenção dele e dos dois comparsas era roubar joias e dinheiro do cofre da casa. Na residência estavam Romuyki, o filho Juan, Ana Flavia e Carina, quando o trio chegou e anunciou o assalto.
Pai e filho teriam sido levados para o quarto do adolescente, onde teriam sido mortos asfixiados. De acordo com um dos presos, Carina teria participado do sufocamento de Romuyuki com um saco plástico. Já a mãe, Flaviana, chegou no condomínio mais tarde e foi vendada.
O que levantou suspeitas da Polícia é de que o carro de Ana Flávia e Carina entrou e saiu do condomínio seis vezes. A namorada Carina chegou às 20h na casa e estava de casaco com capuz, apesar de estar calor no dia. O fato gerou desconfiança da polícia.
O Jeep da família saiu condomínio às 0h50. O carro de Ana Flavia saiu na frente. Duas horas depois, os corpos de Flaviana, Romuyuki e Juan são encontrados carbonizados na Estrada do Montanhão. Quando os Bombeiros chegaram, o veículo ainda estava em chamas.