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Sociedade civil do ABCD se organiza para combater à poluição emitida no Polo

Representantes da sociedade civil, partidos políticos e ambientalistas das cidades de São Paulo, Santo André e Mauá realizam reunião nesta segunda 

  • Sociedade civil do ABCD se organiza para combater à poluição emitida no Polo Petroquímico.
    Foto: Divulgação
  • Por: Redação
  • Publicado em: 29/01/2022
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Representantes da sociedade civil, partidos políticos e ambientalistas das cidades de São Paulo, Santo André e Mauá realizam reunião nesta segunda

Polo Petroquímico

Sociedade civil do ABCD se organiza para combater à poluição emitida no Polo Petroquímico. Foto: Divulgação

Representantes da sociedade civil, partidos políticos e ambientalistas das cidades de São Paulo, Santo André e Mauá realizam na próxima semana uma reunião para organizar ações de combate à poluição emitida pelo Polo Petroquímico do ABC.

A reunião, que é aberta a toda a comunidade, acontecerá de forma virtual nesta segunda-feira, às 19h, e tem como objetivo criar uma uma agenda de lutas em 2022 contra a situação que há anos afeta os moradores daquela região.

O vereador de Santo André, Ricardo Alvarez (PSOL), encaminhou ofício de convite para a reunião aos chefes das sete Casas Legislativas do ABCDMRR. Além dos secretários e dos Conselhos de Meio Ambiente de Santo André e Mauá, do presidente do Consórcio Intermunicipal, Paulo Serra, e da Cetesb.

“Estamos fazendo um chamado geral para buscar solução para um problema antigo, que se agravou no ano passado. Ninguém é contra as empresas do Polo. Elas precisam apenas reduzir os impactos ambientais negativos que têm prejudicado a população há tanto tempo”, afirmou Alvarez.

O problema da poluição emitida pelo Polo Petroquímico – que vai desde poluição atmosférica, passando por barulho intenso durante a madrugada, até a intensa emissão de fuligem e material particulado nas casas – tem trazido diversos problemas de saúde para os moradores do entorno do conglomerado.

Há naquela região um alta incidência de tireoidite crônica autoimune, a chamada Tireoidite de Hashimoto, de acordo com estudos realizados pela endocrinologista e professora da Faculdade de Medicina do ABC Maria Ângela Zuccarelli Marino, que realiza pesquisa há mais de 20 anos com moradores do local.

Estima-se que o número de moradores no entorno do Polo, que envolve os bairros São Mateus, Parque São Rafael, Jardim Elilzabeth, Jardim São Francisco e bairro Rodolfo Pirani, das cidades de Santo André, Mauá e São Paulo, seja de dois milhões de pessoas.

Em 2021, foram realizadas duas audiências públicas sobre o tema na Câmara Municipal de São Paulo, que contou com a presença de especialistas, moradores, ambientalistas e os vereadores Alvarez de Santo André e Alessandro Guedes (PT) de São Paulo.

“Tanto as empresas do Polo quanto a Cetesb, que regula a atuação delas, não podem mais se omitir com relação ao que vem acontecendo na região”, finalizou Alvarez.