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Sindserv diz que falta testes e EPIs em Sto.André

De acordo com Sindicato, 63% dos funcionários das áreas administrativas e operacionais em atuação nas escolas não receberam os equipamentos de proteção; Prefeitura rebate levantamento

  • Sindserv diz que pesquisas mostra falta equipamento de proteção a servidores e Prefeitura rebate.
    Foto: Divulgação/PSA-Helber Aggio
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 28/07/2020
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De acordo com Sindicato, 63% dos funcionários das áreas administrativas e operacionais em atuação nas escolas não receberam os equipamentos de proteção; Prefeitura rebate levantamento

 

Sindserv diz que pesquisas mostra falta equipamento de proteção a servidores e Prefeitura rebate. Foto: Divulgação/PSA-Helber Aggio

 

O Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos de Santo André) divulgou uma pesquisa sobre as condições de trabalho dos profissionais da Educação em meio à pandemia da Covid-19. “A pesquisa mostra que 63,6% dos servidores administrativos/operacionais não receberam da Prefeitura os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) necessários e somente 36,4% confirmaram o recebimento”, afirmou o Sindserv.

A Prefeitura rebate e diz que o levantamento não teve base estatística ou científica. “Lamentavelmente em ano eleitoral “estudos” e “denúncias” desta ordem surgem para tentar desqualificar a qualidade do trabalho feito por nossos profissionais da saúde, da prevenção e das demais secretarias municipais”, afirmou.

O levantamento do Sindicato revela que apenas os funcionários da educação que atuam nas áreas administrativas e operacionais (21%) estão trabalhando nas unidades escolares e que os demais 79% (professores) estão realizando as atividades de forma remota.

Com relação à frequência, 52,9% dos servidores administrativos e operacionais disseram que foram convocados para trabalhar três vezes por semana; enquanto 41,2% uma vez por semana e apenas 5.9% todos os dias.

Testagem e retorno às aulas

Segundo o Sindserv, a pesquisa também constatou que a grande maioria (95,7%) dos profissionais da educação (que inclui professores e servidores administrativos/operacionais) não fez o teste contra a Covid-19 divulgado pela Prefeitura e somente 4,3% fizeram.

“Na pergunta espontânea feita pelo Sindicato sobre o retorno às aulas em setembro, a grande maioria manifestou preocupação e afirmou que não se sente segura em trabalhar nas escolas/creches por causa da pandemia que continua elevada”, informou a entidade sindical.

COVID-19: adoecimentos/afastamentos

Perguntado pelo Sindicato se fazem parte do grupo de risco da Covid-19, 69,7% (professores e servidores administrativos/operacionais) disseram que não integram esse grupo e somente 30,3% afirmaram que sim.

O Sindicato perguntou ainda se os professores/educadores tomaram conhecimento de casos da doença entre os funcionários da escola na quarentena e 45,4% disseram que sim, 29,7%que  não e o restante não soube informar.

Ao responderem se tiveram conhecimento de educadores/profissionais da educação que foram afastados por estarem com covid, 59,1% confirmaram que sim, 35,7% disseram que não, 1% disse que está em home-office e o restante desconhece o fato.

Dinâmica das atividades escolares | Professores

Perguntado aos professores se a Secretaria de Educação fez a consulta sobre a dinâmica de entrega de atividades feitas nas escolas durante a pandemia, 54,3% disseram que foram consultados, 15,9% informaram que não e 29,8% responderam que não são professores.

O Sindicato também perguntou se o professor/professora se sentiu contemplado sobre essa dinâmica da Secretaria neste tempo de quarentena: 48% responderam que sim, 23,5% disseram que não e 28,5%responderam que não professores.

Também foi perguntado ao professor/professora se tiveram que ir às escolas na quarentena: 40,5% disseram que não foram convocados; somente 20,3% disseram que foram para organizar o material escolar e 3,9% disseram, pelo menos, uma vez por semana.

Dinâmica das atividades escolares | Profissionais da Educação

O Sindicato fez a mesma pergunta dos professores aos profissionais da educação se foram consultados pela Secretaria sobre a dinâmica de entrega de atividades feitas nas escolas e 63,6% disseram que sim e 36,4% não.

Opinião do Sindsev sobre a pesquisa

“Um dado relevante é a insegurança apontada pelos educadores de que esse não é o momento de retornar às aulas presenciais, que colocam a vida dos alunos, familiares e profissionais em risco, porque a pandemia de COVID-19 continua elevada no país e nos municípios.  Sabemos que a estrutura nas unidades mostra os primeiros problemas, com espaços mal ventilados, muitas vezes apertados, ambientes de alimentação que não condizem com as atuais necessidades de distanciamento”, afirmou a Direção do Sindicato.

O Sindicato disse já ter manifestado essa preocupação em reunião com Secretaria de Educação, no último dia 16, e cobrou que esse debate sobre o retorno às aulas presenciais deve envolver os professores e profissionais da educação.

Dados

O Sindserv afirmou que o levantamento foi realizado na primeira quinzena de julho e recebeu 349 respostas de professores e servidores que atuam nas áreas administrativas/operacionais (serviço de limpeza, inspetores, merendeiras e agente de desenvolvimento infantil) que trabalham em creches e Emeifs (Escolas Municipais de Educação Infantil e Ensino) da cidade.

Resposta da Prefeitura de Santo André

A Prefeitura de Santo André emitiu uma nota oficial. Lei a íntegra

“A Secretaria de Educação informa que as unidades escolares estão em funcionamento exclusivamente para o atendimento presencial por agendamento. Para esse atendimento, a Pasta recomenda que a presença dos funcionários seja escalonada.

Desta forma, a presença dos servidores nas escolas é extremamente reduzida, embora existam diferenças entre uma unidade e outra em razão de um maior ou menor número de funcionários no grupo de risco.

A Secretaria acrescenta que foram disponibilizadas máscaras para  todos os funcionários das escolas e também álcool em gel. O uso de luvas somente é indicado pela Secretaria de Saúde para os profissionais responsáveis pela troca de fraldas dos bebês, atendimento que está suspenso no momento.

Destacamos que a “denúncia” ou pesquisa do Sindserv não teve base estatística ou científica. Lamentavelmente em ano eleitoral “estudos” e “denúncias” desta ordem surgem para tentar desqualificar a qualidade do trabalho feito por nossos profissionais da saúde, da prevenção e das demais secretarias municipais”.