Sindicato diz que 65 mil metalúrgicos paralisaram atividades no ABCD
Movimento parou 98% das fábricas metalúrgicas de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra incluindo todas as montadoras; afirma entidade sindical
- Sindicato dos Metalúrgicos do ABC foi até a porta das fábricas.
Foto: Divulgação/Adonis Guerra/SMABC
- Por: Redação
- Publicado em: 14/06/2019
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Movimento parou 98% das fábricas metalúrgicas de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra incluindo todas as montadoras; afirma entidade sindical
Cerca de 65 mil trabalhadores pararam nesta sexta-feira (14/06) em adesão à Greve Geral contra a reforma da Previdência. A informação é do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. “O movimento atingiu 98% das fábricas metalúrgicas de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, incluindo as cinco montadoras”, informou a entidade sindical.
O presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão, comemorou o resultado que, na sua avaliação, é resultado do trabalho de mobilização e, principalmente, do nível de conscientização da categoria. “Podemos afirmar com tranquilidade que a greve na nossa categoria foi um sucesso. É a demonstração da contrariedade da nossa base em relação a uma reforma que acaba com o direito a uma aposentadoria decente depois de décadas de trabalho duro”, destacou.
Desde as primeiras horas do dia, o presidente esteve nas portas das montadoras e empresas da base, para avaliar a adesão ao movimento. Nas montadoras, esteve acompanhado do presidente da CUT, Vagner Freitas, de secretário-geral da central, Sérgio Nobre, e do ex-prefeito de São Bernardo e ex-ministro da Previdência Social, Luiz Marinho.
Wagnão reforçou a importância das atividades realizadas pelo Sindicato para esclarecimento dos trabalhadores em relação à reforma. Desde que a proposta foi apresentada ao Congresso, os Metalúrgicos do ABC organizaram uma série de oficinas com técnicos do Dieese para que os trabalhadores pudessem tirar dúvidas e entender ponto a ponto do que estava em discussão. Quando foi definida a data da Greve Geral, a mobilização foi intensificada, com a realização de assembleias e panfletagens.
“O trabalhador tem o direito de conhecer a fundo uma proposta que atenta contra seus direitos. O governo está gastando milhões para fazer propaganda da reforma, era nossa obrigação mostrar o que a proposta é de verdade, apontar os detalhes que a propaganda esconde, o ataque que ela representa para quem está trabalhando hoje, para quem já se aposentou e para as próximas gerações”, afirmou o sindicalista.
Pela manhã, na portaria da Mercedes-Benz, o coordenador do comitê Sindical, Max Pinho, disse que houve 100% de adesão dos trabalhadores à greve. “Fizemos assembleias com todos os turnos no dia 12 e já naquela data eles aprovaram a participação. A fábrica que deveria ter hoje 11 mil pessoas trabalhando, entre diretos e prestadores de serviços, ficou vazia. Estão todos em luta”.
Wellington Damasceno, diretor-executivo do Sindicato, esteve na Volks, e defendeu a organização dos trabalhadores. “Fábrica parada. Todos firmes na luta contra essa reforma que só retira direitos e não corrige injustiças. Pelo contrário, privilegia mais ainda quem já tem privilégios e tira de quem precisa do atendimento do Estado”, criticou.