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Seu pet tem medo de fogos de artifício? Saiba como resolver o problema

Às vésperas da Copa do Mundo, adestrador dá dicas para os tutores que temem pelo bem-estar dos bichinhos durante as manifestações barulhentas

  • Rapha Aleixo diz que tutores podem tomar providências nos dias de jogos do Brasil e também submeter o pet a um processo de ‘acostumação’.
    Foto: Reprodução
  • Por: Juliana Finardi
  • Publicado em: 09/11/2022
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Às vésperas da Copa do Mundo, adestrador dá dicas para os tutores que temem pelo bem-estar dos bichinhos durante as manifestações barulhentas

cães

Rapha Aleixo diz que tutores podem tomar providências nos dias de jogos do Brasil e também submeter o pet a um processo de ‘acostumação’. Foto: Reprodução

Futebol e fogos de artifício tem sido uma combinação perfeita já há muito tempo, principalmente em época de Copa do Mundo. Não para os animais. Muitos bichinhos sofrem com medo do barulho e tudo o que envolve a comemoração como cornetas e gritaria de torcedores.

Para evitar experiências traumáticas que podem trazer consequências físicas e psicológicas (comportamentais), o tutor pode tomar algumas medidas que envolvem um trabalho prévio de “acostumação” do pet, uma espécie de treinamento para que o cãozinho ou gatinho lidem com os barulhos e manifestações efusivas de forma natural e sem medo.

É o que ensina o adestrador de cães, Rapha Aleixo, ao explicar que o tutor pode começar com o que chama de associação positiva. Trata-se de uma forma de expor o pet aos barulhos de forma gradativa e em menor escala.

“Podemos utilizar o barulho em escala pequena: colocar na TV um vídeo de queima de fogos no Reveillón do Rio de Janeiro, por exemplo, e ir aumentando aquele volume fazendo uma associação positiva com petiscos. Ao longo do treinamento, vai aumentando”, diz.

cão com medo

Cães têm medo de fogos de artifício. Foto: Pexels

Outra forma de resolver o problema é manter o bichinho exposto ao barulho da TV 24 horas por dia para garantir o que o adestrador chama de acostumação do pet ao som dos fogos de artifício.

Para quem ainda não vai conseguir acostumar o bichinho aos barulhos gradativamente, a dica de ouro do adestrador é que no dia dos jogos do Brasil na Copa, o tutor leve o doguinho para um passeio e que além do gasto de energia físico, também promova gastos mentais.

“As recomendações que eu já venho fazendo para as pessoas é que não deixem os cães sozinhos e nos dias dos jogos do Brasil, façam uma boa caminhada com um excelente gasto de energia para que o cão fique bem cansado. Na sequência, ao voltar para casa, você dá um gasto de energia mental que podem ser treinos de ‘junto’, ‘senta’, e pode também dificultar a comida do seu cachorro com uma alimentação congelada para que ele tenha um gasto mental”, ensina o adestrador.

Depois disso, como Rapha Aleixo explica, o tutor pode manter o pet em um ambiente controlado onde o som possa ser abafado.

“Se você tiver um quarto menorzinho onde consiga colocar música, recomendo bastante o ruído branco, um ambiente de calma. Se conseguir repetir isso diversas vezes, não só em dias de jogos, vai estar se precavendo desse problema grande. Siga essas dicas que você vai ter sucesso nos jogos do Brasil. Quanto antes você começar a fazer isso, mais resultados vai ter para os dias dos jogos.”

A origem do problema

Você já deve ter se perguntado por que os doguinhos e felinos têm tanto medo de alguns sons mais altos ou até mesmo escutam barulhos que a audição humana nem percebe.

A capacidade auditiva dos cães, por exemplo, é muito maior do que a nossa. O fato de eles terem 18 músculos nas orelhas, faz com que possuam uma capacidade que nós não temos: movimentar a orelha para uma captação maior dos sons.

“A gente consegue identificar de 20 a 20 mil hertz e o cão, de 15 a 40 mil hertz, isso sem contar que o cão consegue ouvir um barulho a cerca de 4 km de distância ou até um pouco mais, ou seja, se tem fogos a 4 km de distância do cãozinho, ele consegue ouvir e nós não”, explica Rapha.

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