Secretário do PSDB Márcio Canuto desembarca do governo Atila com mais 10
Tucano que estava à frente da Pasta do Meio Ambiente diz que momento é de reflexão e de ficar ao lado da população que está descrente da classe política
- Márcio Canuto deixa governo Atila e critica instabilidade na cidade.
Foto: Facebook
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 14/09/2018
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Tucano que estava à frente da Pasta do Meio Ambiente diz que momento é de reflexão e de ficar ao lado da população que está descrente da classe política
O secretário de Meio Ambiente de Mauá, Márcio Canuto, coordenador do PSDB na Região do ABCD, desembarcou nesta sexta-feira (14/09) do governo de Atila Jacomussi (PSB). Junto com ele sairiam outras dez pessoas filiadas à legenda tucana. “Colocamos todos os cargos à disposição e cabe ao prefeito exonerar”, afirmou.
Canuto informou que desde o governo da prefeita interina, Alaíde Damo (MDB), o partido já fazia essa reflexão de que seria melhor não participar mais da Administração local. “A cidade vive um momento de muita instabilidade. A população está descrente da classe política. Os moradores precisam recuperar a auto-estima de morar em Mauá”, afirmou.
O coordenador regional do PSDB acredita que a troca de governo prejudica o município. “Tudo é muito instável, portanto, é um momento para reflexão”, avaliou Canuto.
O PSDB tem dois vereadores na cidade – Pastor José e Jotão – e uma reunião ocorrerá entre segunda e quarta da semana que vem para decidir como será a postura da bancada na Câmara
PSB
O prefeito Atila Jacomussi exonerou nesta sexta-feira até nomes ligados à cúpula do PSB estadual que trabalhavam em seu governo que tem ligação com Deputado Estadual Caio França e com Governador Márcio França. Lucas Pedro da Silva era assessor lotado no Gabinete do Prefeito. Ele é filho do 1º secretário Estadual do PSB, Wilson Pedro.
David Ramalho, que ocupava o cargo de secretário adjunto do Governo, também foi demitido. David é umas das figuras antigas do PSB na região.
Interinidade
Alaíde Damo governou interinamente Mauá por quatro meses porque o prefeito Atila foi preso pela Polícia Federal em 9 de maio, depois de ser encontrada em sua casa uma quantia de R$ 87 mil. Apesar de ter sido solto em 15 de junho, após uma liminar do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, o prefeito Atila foi afastado do cargo pelo TRF- 3 (Tribunal Regional Federal da Região 3) e impedido de entrar nas dependências do Paço para não prejudicar as investigações.
A restrição caiu por meio de outra liminar do STF nesta terça-feira (11/09). Um dia depois, o chefe do Executivo retornou ao comando da Prefeitura por volta das 17h. Nesta quinta-feira (13/09) concedeu entrevista coletiva à imprensa e também determinou a demissão de aliados da vice-prefeita Alaíde Damo. Foram 13 secretários, além de dezenas de funcionários comissionados.