São Bernardo cria 1º corredor verde do ABCD com ônibus 100% elétricos
Medida é o pontapé inicial dado pelo prefeito Orlando Morando para substituição gradativa de toda a frota; nesta etapa, serão sete veículos da Eletra, fabricados na cidade
- São Bernardo cria 1º corredor verde do ABCD com ônibus 100% elétricos.
Foto: Di
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 22/06/2023
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Medida é o pontapé inicial dado pelo prefeito Orlando Morando para substituição gradativa de toda a frota; nesta etapa, serão sete veículos da Eletra, fabricados na cidade
Com base no conceito de sustentabilidade e, na prática, redução do impacto ambiental, a Prefeitura de São Bernardo, governada por Orlando Morando, deu pontapé inicial nesta quinta-feira (22/6) na implantação do primeiro corredor verde de transporte coletivo do Grande ABC a operar com ônibus 100% elétricos, movidos a bateria. Com a medida, o município começa processo efetivo de substituição gradativa dos atuais veículos a diesel para os novos modelos, cuja tecnologia permitirá a diminuição da emissão de poluentes.
Os modernos ônibus elétricos integrantes do novo corredor são projetados e produzidos na fábrica da empresa Eletra, sediada em São Bernardo. Nesta primeira etapa, serão sete unidades nestes moldes. O modelo foi apresentado pelo chefe do Executivo, ao lado da presidente da Eletra, Milena Braga Romano, e representantes da BR7, responsável pela operação das linhas municipais. O investimento privado se deu na ordem de R$ 2,5 milhões por cada unidade, totalizando um volume de R$ 17,5 milhões nesta fase.
“Estamos lançando o primeiro corredor verde da cidade, pioneiro da região. Nossa frota é composta por cerca de 400 veículos. Essa é a etapa inicial, importante, buscando ter sustentabilidade, práticas modernas no transporte coletivo, sem poluição do ar ou sonora. A produção se dá em São Bernardo, uma grande sinergia, gerando emprego no município. Em relação ao sistema, é um passo à frente, trazendo uma tendência de grandes centros do mundo”, frisou o prefeito Orlando Morando, acompanhado dos secretários municipais Delson José Amador (Transportes e Vias Públicas) e Ademir Silvestre (Concessões e Parcerias).
As novas unidades irão circular na Linha 20, encarregada por já atender cerca de 4.000 passageiros por dia, em trajeto que vai do Parque Imigrantes até o Paço Municipal, passando ainda pelas regiões do Royal Park, Batistini e Demarchi. No total, são 28 paradas, incluindo dois terminais, como o Batistini, compreendendo um percurso de origem e destino de quase 30 quilômetros. Juntos, os ônibus farão aproximadamente 100 viagens diárias – os carros, de 12,1 metros de comprimento, possuem capacidade para 72 passageiros.
Com tecnologia brasileira e mão de obra no município, os veículos têm autonomia de 240 quilômetros, o que dá condições de percorrer uma viagem com trajeto de São Bernardo até a cidade de Campinas sem carregar a bateria – além da emissão zero de gás carbônico (CO²) e outros poluentes. A recarga da bateria ocorre num período médio de três horas, normalmente na garagem da empresa operadora.
O corredor entrará em funcionamento integral até o fim deste ano. Dirigente da Eletra, Milena sustentou que a capacidade de produção da fábrica, localizada próxima à Via Anchieta, na região da Paulicéia, é de 1.800 ônibus elétricos por ano, algo em torno de sete carros por dia. “Grande diferencial é que a tecnologia é 100% desenvolvida no Brasil, por engenheiros próprios. Todas as peças utilizadas nos ônibus, como chassi, carroceria, bateria e motor, são nacionais. Isso nos dá segurança e uma garantia de manutenção simples, rápida e eficiente, por termos estoque disponível no mercado local.”
ESTRUTURA
– Os novos ônibus destacados para o corredor verde irão contar com ampla estrutura e tecnologia, projetando-se para o futuro, assegurando conforto aos usuários, com ar-condicionado, conector para carregador USB e sistema de aceleração contínua e automática. As unidades trarão, ainda, vantagens de economia, tendo menor custo de manutenção, e terão maior vida útil. O motor elétrico e o equipamento de propulsão, que movem os ônibus elétricos, duram de 20 a 25 anos.