S.Caetano inicia atendimento para emitir Carteira de Identificação para autistas
Prefeito José Auricchio Júnior esteve nesta quarta-feira no Atende Fácil onde várias famílias iniciaram o cadastramento
- S.Caetano inicia atendimento para emitir Carteira de Identificação para autistas.
Foto: Gislayne Jacinto
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 09/02/2022
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Prefeito José Auricchio Júnior esteve nesta quarta-feira no Atende Fácil onde várias famílias iniciaram o cadastramento
O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior, deu início nesta quarta-feira, no Atende Fácil, ao atendimento presencial para a emissão da Ciptea (Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista). O documento é resultado da Lei Federal nº 13.977, de 8 de janeiro de 2020, conhecida como Lei Romeo Mion (filho do apresentador Marcos Mion).
“A intenção é garantir a identificação e os direitos ao paciente de espectro autista no transporte, na diversão, lazer, enfim em uma série de frentes que você não tem como se identificar. O cartão tem um papel fundamental no cotidiano deles”, afirmou Auricchio
O prefeito afirmou que a partir desse cadastramento será feito também um censo para apontar quantos autistas tem na cidade.
“ Nós realizaremos um censo de quantas pessoas têm com déficit de surdez, visuais, motoras, no entanto o Autismo entrava nos déficits intelectuais, então ficou mesclado ali. Com esse cadastro, a gente também vai ter esse olhar diferenciado e focado na pessoa do espectro autista, então teremos esse número real da nossa cidade”, explicou o prefeito.
Desde a última quarta-feira, a Prefeitura iniciou uma campanha para divulgar sobre a emissão de carteira de identificação. Após o cadastro inicial, a carteirinha será emitida em até 30 dias.
No atendimento presencial, que deve ser agendado pelo site https://saocaetano.si.valid.com.br/servicosonline, o morador faz o cadastramento biométrico, tem uma foto do rosto registrada e apresentam o RG, o CPF, o comprovante de residência e o laudo médico que comprova o transtorno.
Priscila Kawamura Vaz, 42 anos, o marido Milton Novoa Vaz, 44 anos, e as filhas gêmeas, Daniela e Érica, de 6 anos, estavam radiantes de alegria com a emissão das carteiras de identificação das meninas.
“É maravilhoso termos essa carteirinha, que nada mais é do que a materialização dos direitos adquiridos da pessoa com TEA. Aliás, direitos de toda a família, porque até hoje sofremos com o constrangimento de ter de andar com os laudos das crianças nas mãos e sermos obrigadas a comprovar o transtorno de nossas filhas para as pessoas. Isso porque o TEA não possui características físicas, diferente da Síndrome de Down, por exemplo, e isso dificulta muito no dia a dia”, explicou Priscila, referindo-se às barreiras que têm de enfrentar em situações rotineiras, como em filas de bancos ou supermercados.
Objetivo
A Ciptea reforça o atendimento prioritário às pessoas com TEA, servindo como um instrumento auxiliar de orientação para a identificação de pessoas com o transtorno. Órgãos públicos e estabelecimentos privados devem priorizar o atendimento a esse público. Assim, o documento dispensará a necessidade de explicações e justificativas, evitando possíveis constrangimentos.
Para as pessoas com TEA, a Ciptea substitui o Cartão São Caetano. Assim além de contribuir na identificação das pessoas com Transtorno do Espectro Autista, garantirá o pleno acesso aos serviços municipais, como atendimento na rede de Saúde, benefícios do Profamília e atividades do PEC (Programa Esportivo Comunitário).