Reunião frustra responsáveis e mães vão à Justiça por vagas no G5 em Mauá
Encontro com secretário de Educação na escola Martin Luther King Jr. não definiu futuro das crianças matriculadas atualmente no G4
- Reunião frustra responsáveis e mães vão à Justiça por vagas no G5 em Mauá.
Foto: Divulgação
- Por: Juliana Finardi
- Publicado em: 06/11/2023
- Compartilhar:
- [addtoany]
Encontro com secretário de Educação na escola Martin Luther King Jr. não definiu futuro das crianças matriculadas atualmente no G4
Pais e responsáveis por crianças matriculadas na escola municipal Martin Luther King Jr., de Mauá, pretendem acionar a Justiça por uma vaga para o próximo ano letivo. Todos saíram frustrados de uma reunião na manhã desta segunda-feira (06/11) agendada para definir o futuro dos alunos que cursam atualmente o G4 e ingressarão no G5 em 2024.
É que até agora os pais não puderam rematricular as crianças para o ano que vem com a alegação de que, em virtude de uma superlotação na creche (anos iniciais com bebês atendidos na mesma escola), o G5 seria transferido para outras unidades escolares da cidade.
Durante a reunião, o secretário de Educação, José Luiz Cassimiro, informou aos pais que a ideia era manter uma ou duas salas de G5 na Martin Luther King Jr. para o ano que vem e que o critério de escolha para definir quais alunos permaneceriam na escola seria a geolocalização, ou seja, aqueles que residem mais próximos. Atualmente, quatro salas atendem as crianças matriculadas no G4.
“Disseram que o projeto para resolver o problema da superlotação na creche está acontecendo desde agosto, mas nunca nos informaram sobre isso. Muito menos fomos avisados sobre a possibilidade de transferência dos nossos filhos”, criticou Danielle Ribeiro Neves Camargo, mãe de Benício, de 4 anos, que cursa o G4 neste ano.
Ela também afirmou que até mesmo as famílias que residem nas redondezas da escola, como é o caso dela, saíram da reunião sem a rematrícula.
Enquete
No final da manhã desta segunda-feira (6/11), logo após a reunião, os pais foram convidados, através do grupo oficial de Whatsapp da escola, a responder a uma enquete sobre a intenção de manterem os filhos na mesma escola no G5 ano que vem. O prazo para responder terminaria às 14h do mesmo dia.
“A gente nem sabe o motivo dessa enquete, se foi por causa da reunião de hoje ou que eles vão fazer. Não aceitamos as duas salas que propuseram, queremos as cinco”, afirmou a mãe Andréa de Fátima dos Santos Pereira, de 47 anos.
O deputado por Mauá, Átila Jacomussi, que acompanha a insatisfação das mães desde a última semana, diz que a reunião com a Prefeitura na escola foi muito ruim e lamenta que seu nome tenha sido citado em meio ao que chamou de “acusações políticas”.
O vereador oposicionista Sargento Simões (PL) esteve presente à escola nesta manhã, afirma que o caso reflete a falta de estrutura da Prefeitura e diz que vai apresentar projeto para garantir vagas terceirizadas.
“Se o governo tivesse repensado os empréstimos e dívidas, teria sobrado dinheiro para construir novas creches necessárias para a cidade. O que falta é vontade política para resolver o problema. Estou apresentando um projeto de lei para que as crianças de zero a 3 anos possam entrar em vagas terceirizadas em escolas conveniadas.”
Procurada pela reportagem do ABCD JORNAL, a Prefeitura não respondeu aos questionamentos nem retornou às tentativas de contato.