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Rebeca Andrade conquista ouro para o Brasil na ginástica artística

É a segunda medalha da ginasta em Tóquio; atleta brasileira faz história em conquista inédita

  • Campeã olímpica Rebeca Andrade brilha nas barras.
    Foto: Lisi Niesler
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 01/08/2021
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É a segunda medalha da ginasta em Tóquio; atleta brasileira faz história em conquista inédita

Rebeca Andrade conquista ouro para o Brasil na ginástica artística. Foto: Lisi Niesler

A ginasta Rebeca Andrade conquistou neste domingo (1º) a primeira medalha de ouro na ginástica artística para o Brasil, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ela venceu no salto e alcançou o lugar mais alto no pódio.“Eu dedico a conquista da medalha de ouro a todo mundo, mas, em especial, ao meu treinador, Francisco Porath. A gente trabalhou muito e era um dos aparelhos em que eu tinha mais chance, como vocês sabem. Eu fiquei muito satisfeita. Acho que fico mais feliz com a felicidade dele do que com a própria medalha. Ele só quer me ver brilhar e a única forma que eu posso retribuir é com a minha ginástica e nosso trabalho. Eu pude fazer isso por ele na quinta, com a medalha de prata, e hoje, com a medalha de ouro. E é isso que eu vou buscar fazer, dar orgulho para as pessoas, para a minha família e pra mim”, disse Rebeca ao Comitê Olímpico Brasileiro.

É a segunda medalha de Rebeca Andrade nos Jogos de Tóquio. A atleta Brasileira já havia conquistado a prata no individual geral. Rebeca ainda tem chance de aumentar a sua coleção na final do solo, que será disputada nesta segunda-feira. “Estou bem centrada, amanhã tem mais um dia de competição, mais um dia que vou dar 110% de mim”, disse.

A paulista Rebeca Andrade, de 22 anos, fã da campeã mundial Daiane dos Santos, com essas duas conquistas, é a primeira brasileira na ginástica artística a conquistar o ouro e a prata em uma mesma edição dos Jogos Olímpicos.

Antes de chegar aos dois pódios em Tóquio, a ginasta passou pela última de três cirurgias no joelho em meados de 2019, após romper o ligamento cruzado anterior do joelho pela terceira vez em quatro anos.

Rebeca conseguiu a nota 15,083 de média, após 15,166 no primeiro salto e 15,000 no segundo. A medalha de prata ficou com a norte-americana Mykayla Skinner, que obteve 14,916, e o bronze com a sul-coreana Yeo Seojeong, com 14,733.

Rebeca Andrade nas Olimpíadas. Foto: Ricardo Bufolin/ Panamerica Press/ CBG

Bronze 

Bruno Fratus com a medalha de bronze dos 50m livre da natação nas Olimpíadas de Tóquio e a bandeira do Brasil. Foto: Jonne Roriz / COB

A medalha de bronze conquistada no último sábado (31) por Bruno Fratus na final dos 50 metros (m) livres da Olimpíada de Tóquio (Japão) coroou aquele que é um dos atletas mais regulares da natação mundial. Foi a 91ª vez que o fluminense de 32 anos nadou na marca dos 21 segundos. Segundo a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), ele é o atleta que mais atingiu o tempo na história da prova.Na final, Fratus cravou 21s57, ficando somente dois centésimos atrás do francês Florent Manandou, que levou a prata. O ouro foi conquistado pelo norte-americano Caeleb Dressel, com 21s07, quebrando o recorde olímpico da prova, que pertencia ao brasileiro César Cielo (21s30). Ouro nos Jogos de Pequim (China), em 2008, Cielo segue como recordista mundial, com os 20s91 atingidos no Campeonato Brasileiro de 2009.

Bronze olímpico nos 50 m livre coroa regularidade de Bruno Fratus. Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Fratus já era candidato a medalha na prova cinco anos atrás, nos Jogos do Rio de Janeiro, após o bronze conquistado no Mundial de 2015, em Kazan (Rússia), mas ficou em sexto lugar. Nos dois Mundiais seguintes, conquistou a prata. Em 2019, conquistou o ouro dos 50 m livres nos Jogos Pan-Americanos de Lima (Peru). Resultados que consolidaram o brasileiro no cenário da disputa mais veloz da natação.

Após vencer a prova dos 50m, o velocista de 32 anos, afirmou que ainda vai pensar se tentará mais um ciclo olímpico de olho em Paris 2024. “Vou chegar em casa, buscar meus cachorros, preciso dar uma tosa no Carlos, que está horrível. Tenho o Carlos e o Harisson, dois vira-latas! Sou totalmente adote e não compre. Pegar eles, abrir uma garrafa de vinho com minha esposa e depois a gente conversa (sobre aposentadoria). Não tenho a mínima condição de tomar uma decisão dessas agora. Vou para casa e depois vamos ver”, disse.

Agradecimentos

Bruno Fratus. Jogos Olimpicos, Tokyo 2020. 01 de agosto de 2021, Toquio, Japao. Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

“Isso mostra o quanto você não faz a parada sozinho. Publicamente, queria agradecer dois caras. Um é o César [Cielo], que mostrou que era possível. No começo da carreira, se eu não tivesse a oportunidade de treinar e competir tantas vezes com o que eu acho ser o maior velocista da história, não teria chegado aqui. E agradecer ao Fernando Scheffer [bronze nos 200 m livre em Tóquio], que mostrou essa semana que era possível. Várias vezes, quando estava ansioso eu pensava: o Scheffão fez e você pode fazer também”, completou.

A medalha de Fratus foi a 15ª da natação brasileira na história olímpica (uma de ouro, três de prata e 11 de bronze). Com dois pódios em Tóquio, o Brasil melhorou o desempenho em relação aos Jogos do Rio de Janeiro, quando passou em branco nas piscinas.

 Tênis 

31.07.2021 – Jogos Olímpicos Tóquio 2020 – Tênis Duplas Feminino. Na foto as atletas Luisa Stefani e Laura Pigossi após a conquista da medalha de Bronze inédita. Foto:Rafael Bello/COB

As tenistas Luisa Stefani e Laura Pigossi fizeram história na Olimpíada de Tóquio (Japão). Neste sábado (31), as paulistas conquistaram a medalha de bronze das duplas femininas ao derrotarem Elena Vesnina e Veronika Kudermetova, do Comitê Olímpico Russo, por 2 sets a 1, com parciais de 4/6, 6/4 e 11.

É a primeira vez que o Brasil será representado no pódio olímpico do tênis. Nos Jogos de Atlanta (Estados Unidos), em 1996, Fernando Meligeni chegou à disputa do bronze, mas ficou na quarta posição. A medalha será entregue neste domingo (1º), após a decisão do ouro entre as tchecas Barbora Krejcíkova e Katerina Siniakova e as suíças Viktorija Golubic e Belinda Bencic, as algozes de Stefani e Pigossi na semifinal, em horário a ser definido.

As brasileiras tiveram a participação confirmada na Olimpíada faltando uma semana para o início, após várias desistências. Elas estrearam superando Gabriela Dabrowskim e Sharon Fichman, do Canadá, na primeira rodada. Em seguida, passaram pelas tchecas Karolina Pliskova e Marketa Vondrousova, de virada. Nas quartas, surpreenderam (também de virada) as favoritas Bethanie Mattek-Sands e Jessica Pegula, dos EUA, até a queda na semifinal para Golubic e Bencic.

“Não caiu a ficha do quanto é importante para gente essa medalha. Entramos aos 45 do segundo tempo na Olimpíada e só queríamos representar o Brasil da melhor maneira. Acreditem meninas, acreditem, sempre. Sonhem e trabalhem duro cada dia que vocês podem conquistar, é o meu recado. Escutei uma frase e escrevi no meu caderno antes de vir pra cá: ‘jogue pelo amor e não pelo resultado’. E foi assim, estamos muito felizes de trazer essa medalha para casa, para o tênis brasileiro”, celebrou Stefani, após o jogo, em comunicado à imprensa.

A partida contra Vesnina e Kudermetova foi de superação a todo instante. Stefani e Pigossi viram as russas abrirem 4 a 1, buscaram o empate, mas cederam uma quebra de serviço e perderam o primeiro set por 6/4. Na parcial seguinte, o cenário se inverteu, com as brasileiras fazendo 2 a 0 e administrando a vantagem para fecharem o set, também em 6/4.

A medalha seria decidida no match tie-break (melhor de dez pontos, em que os tenistas se alternam no serviço a cada dois saques). As russas começaram melhor e abriram 9 a 5 no placar, com quatro chances de fechar a partida. As brasileiras não desistiram, salvaram os match points, viraram o marcador e venceram o jogo após um erro de devolução das rivais.

A conquista de Stefani e Pigossi foi celebrada em publicações de Bruno Soares e Marcelo Melo – que também integram a seleção brasileira de tênis em Tóquio – no Instagram.

(Com Agência Brasil)