Promotor quebra sigilo bancário e fiscal de Auricchio e Beto Vidoski
Dados já estão em poder do Ministério Público que investiga denúncia de supostas doações ilegais feitas à campanha do PSDB de São Caetano
- Auricchio pede licença e transmite o cargo ao vice-prefeito Beto Vidoski.
Foto: Divulgação
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 18/06/2018
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Dados já estão em poder do Ministério Público que investiga denúncia de supostas doações ilegais feitas à campanha do PSDB de São Caetano
O MP (Ministério Público) quebrou os sigilos fiscal e bancário do prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), e de seu vice, Beto Vidoski. Os dados já estão em poder da Promotoria que investiga denúncias de supostas doações ilegais feitas à campanha do PSDB em 2016.
O promotor eleitoral de São Caetano Newton José de Oliveira Dantas disse que os dados são sigilosos e, por isso, não pode dar informações sobre o que foi constatado com a quebra do sigilo. “Os dados já foram analisados”, afirmou.
Ao ser questionado se a medida contribui com as investigações, o promotor apenas afirmou “que toda prova ajuda” no processo que apura os fatos ocorridos nas eleições de 2016.
Para instruir o processo, o MP aguarda um posicionamento sobre as testemunhas que precisam ser ouvidas. De acordo com o promotor, as duas principais são do município de Jundiaí. Entre elas, está Ana Maria Comparini Silva, que doou R$ 293 mil para a campanha de Auricchio. Essa mesma pessoa doou R$ 6 mil para um vereador de São Paulo, que teve o mandato cassado por conta disso no início deste mês.
A assessoria do prefeito foi procurada, mas até o fechamento da reportagem, não houve retorno. Na semana passada, os advogados do prefeito, Ricardo Penteado e Beto Vasconcelos, emitiram nota oficial sobre o caso e disseram que as contas do prefeito foram aprovadas pela Justiça Eleitoral e que Auricchio está à disposição do Poder Judiciário para prestar todos os esclarecimentos necessários.
Paralela a essa ação, na semana passada, a PRE (Procuradoria Regional Eleitoral) denunciou ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), Auricchio, Vidoski e outras sete pessoas por caixa 2 e organização criminosa.