Professora que negou estupro de menina e disse que ela foi ‘bem paga’ é demitida
Educadora dava aula em escola de Guarulhos e está proibida de lecionar em escolas da rede estadual
- Filha sofria abuso do pai desde os 7 7 anos de idade.
Foto: Reprodução (imagem ilustrativa)
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 21/08/2020
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Educadora dava aula em escola de Guarulhos e está proibida de lecionar em escolas da rede estadual
A Secretaria Estadual de Educação demitiu uma professora da educação básica da E.E. Prof. Frederico de Barros Brotero e E.E. Fábio Fanuchi, após a educador criticar o aborto legal da menina de 10 anos, que foi vítima de estupro em São Mateus (ES). O estuprador foi o próprio tio.
A professora usou as redes sociais para criticar a criança que foi abusada desde os 6 anos de idade e insinuou que ela foi bem paga para ter relações sexuais.
“Agora tirar a vida de um inocente é triste demais. Criança se defende chorando para mãe, está menina nunca chorou por quê? Não foi nenhuma violência. Ela já tinha vida sexual há 4 anos com esse homem. Deve ter sido bem paga”, escreveu a professora na rede social.
A professora foi denunciada à Secretaria de Estado de Educação que demitiu a profissional na quarta-feira (19/08). A professora retirou do ar suas páginas das redes sociais.
Para a Folha de São Paulo, o secretário estadual de Educação, Rossielli Soares da Silva, informou que a demissão ocorreu para que a professora não lecione mais para crianças e jovens das escolas estaduais.
“É um absurdo uma profissional que deve ser educadora e defensora da infância afirmar que não é uma violência. Repúdio total a qualquer um que defenda um absurdo”, disse o secretário.
A menina capixaba de 10 anos que foi para Recife para interromper a gravidez teve alta médica e deixou o Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), da Universidade de Pernambuco, na madrugada desta quarta-feira O governo do Espírito Santo disponibilizou uma aeronave para ela e a avó. Não há informações sobre o destino da criança, para evitar que a menina volte a ser hostilizada por extremistas anti-aborto.
Na noite anterior, antes da partida, a equipe do hospital fez mais um “agrado” para a criança e realizou seu “sonho” de comer um lanche do McDonald’s.