Polícia investiga se há relação entre os crimes contra motoristas de aplicativo
Em 15 dias, dois foram mortos no ABCD e outro foi vítima de sequestro relâmpago e agressão
- Carro de motorista de aplicativo que morreu nesta segunda-feira foi encontrado no bairro Três Marias, em São Bernardo.
Foto: Reprodução/Viva ABC
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 01/10/2019
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Em 15 dias, dois foram mortos no ABCD e outro foi vítima de sequestro relâmpago e agressão
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou nesta terça-feira (01/10) que a Polícia investiga se há relação entre os crimes ocorridos na região do ABCD contra motoristas de aplicativo. Nos últimos 15 dias, dois foram mortos em São Bernardo e Diadema. Nesta última cidade, um motorista também foi agredido e sequestrado na última sexta-feira (27/09) por bandidos que ainda exigiram que ele fizesse um empréstimo por telefone no banco para eles efetuassem compras no shopping Praça da Moça.
O último caso que chocou os moradores da Região foi o de Robson Leandro de Oliveira Divino, de 40 anos, que morreu nesta segunda-feira (30/09) após ter sido agredido violentamente na cabeça no domingo (29/09), no bairro Alves Dias, em São Bernardo. Ele chegou a ser internado na UTI do Hospital Mário Covas, mas não resistiu aos ferimentos.
“As equipes da Polícia Civil estão empenhadas para esclarecer os casos ocorridos na Grande São Paulo e investigam não só os casos isoladamente, mas também verificam a relação com outras ocorrências. O 8º DP de São Bernardo abriu inquérito para apurar os fatos. O carro da vítima foi localizado e apreendido para perícia”, informou a Secretaria de Segurança.
Sobre os casos de Diadema, a Secretaria afirmou que são apurados pelo 1º DP e 2º DP. “Equipes estão em diligências para identificar e prender os autores e buscam imagens que possam auxiliar nas investigações dos três casos”, completou.
Reforço na segurança
A Secretaria de Segurança do Estado informou ainda que a Polícia Militar reforçou o policiamento nas áreas com maior incidência de casos e está desenvolvendo operações específicas em diferentes regiões para fiscalizar veículos com passageiros e aqueles que utilizam adesivos de aplicativos. “Diferentemente dos táxis, para os quais existem procedimentos e condutas especiais dos patrulheiros, os veículos utilizados pelos operadores de aplicativos são descaracterizados. Em razão disso, a corporação, em conjunto com representantes das empresas e da categoria dos trabalhadores, busca soluções para a melhor identificação desses veículos e a adoção de novas ações para reforçar a segurança de motoristas e usuários”, finalizou.