Pedágio mais caro do Brasil fica no ABCD
Descer a serra rumo ao litoral paulista custa caro para o motorista
- Recomendação é para que as pessoas não se desloquem para o Litoral e fiquem em casa durante o feriado prolongado para combate à disseminação do novo coronavírus. Foto:Marcos Santos/USP Imagem
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 07/04/2018
- Compartilhar:
- [addtoany]
Motorista paga R$ 25,60 para no Sistema Anchieta/Imigrantes, que dá acesso à baixada santista
O pedágio mais caro do Brasil fica no ABCD, no SAI (Sistema Anchieta/Imigrantes). O motorista com carro de dois eixos tem de arcar com o pagamento de R$ 25,60 para ter acesso à baixada santista.
O preço fica bem “salgado” se o motorista precisa se deslocar diariamente até o litoral paulista, pois gasta mensalmente R$ 768. Em um ano o valor totaliza R$ 9.344.
E para a insatisfação dos motoristas, os pedágios no Estado de São Paulo são reajustados todo ano com base no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ou IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado). O último reajuste ocorreu em 1º de julho do ano passado.
De acordo com dados da Artesp, de 2011 a 2016, a receita dos pedágios gerou R$ 36,6 bilhões para fazer a manutenção e operação dos 6,9 mil quilômetros de rodovias que possuem concessões no Estado. Ainda tem alegado que o ISS (Imposto Sobre Serviços) que incide sobre as tarifas de pedágio tem representado recurso para os 262 municípios servidos pelos 7,9 mil quilômetros de rodovias estaduais paulistas sob concessão.
O governo estadual fez balanço no início do ano em que mostra que desde 2000, quando o ISS começou a incidir sobre as tarifas de pedágio, foram transferidos R$ 4,5 bilhões para os 262 municípios beneficiados. A alíquota do imposto é definida por lei municipal e o repasse é feito proporcionalmente à extensão das rodovias sob concessão que atravessam a cidade.
No ano passado, 26 prefeituras da Grande São Paulo foram beneficiadas com R$ 101,3 milhões em repasses , sendo cinco delas na Região do ABCD. No Estado inteiro, São Bernardo foi a mais foi contemplada com transferências, um total de R$ 22,9 milhões, à frente até de São Paulo, que recebeu R$ 20 milhões.
No caso do ABCD, as cinco prefeituras que em 2017 receberam o ISS sobre as tarifas de pedágios instalados em rodovias que cortam a Região são Santo André (R$ 854.461,01), São Bernardo (R$ 22.971737,43), Diadema (R$ 3.352.884,76), Mauá (R$ 609.694,07) e Ribeirão Pires (R$ 1.089.082,65).
Conheça os pedágios mais caros do Brasil
1 – Rodovia Anchieta (Km 31) – Riacho Grande/São Bernardo-SP
Concessionária: Ecovias
Tarifa: R$ 25,60
2 – Rodovia dos Imigrantes (Km 32) – Piratininga/ São Bernardo-SP
Concessionária: Econorte
Tarifa: R$ 25,60
3 – Rodovia dos Cereais (BR 369) – Praça Jataizinho-PR
Concessionária: Econorte
Tarifa: R$ 21,00
4 – Rodovia dos Cereais (BR 369) – Jacarezinho-PR
Concessionária: Econorte
Tarifa: R$ 19,30
5 – Rodovia Ary Schiavo (RJ-125) – Latino Mello-RJ – nos fins de semana
Concessionária: ViaLagos
Tarifa: R$ 18,80
6- Rodovia Grande Estrada (BR 227) – São José dos Pinhais-PR
Concessionária: Ecovia
Tarifa: R$ 18,70
7 – Rodovia Celso Garcia Cid (PR-323) – Sertaneja-PR
Concessionária: Econorte
Tarifa: R$ 18,00
8 – Rodovia Washington Luís (SP-310) – Araraquara-SP
Concessionária: AB triângulo do sol
Tarifa: R$ 15,70
9 – Rodovia Washington Luís (SP-310) – Catiguá-SP
Concessionária: AB triângulo do sol)
Tarifa: R$ 14,90
10 – Rodovia Grande Estrada (BR-277) – São Miguel Iguaçu-PR Concessionária: Ecocataratas
Tarifa: R$ 14,80