Paulo Serra diz que cidade chora pela morte de GCM e critica intolerância
Prefeito de Santo André diz que falecimento “é insuportável e dói”, principalmente porque foi no exercício da função; prefeitura decreta luto de três dias
- Prefeito de Santo André, Paulo Serra, diz que falecimento “é insuportável e dói”, principalmente porque foi no exercício da função.
Foto: Divulgação
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 16/01/2020
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Prefeito de Santo André diz que falecimento “é insuportável e dói”, principalmente porque foi no exercício da função; prefeitura decreta luto de três dias
O prefeito Paulo Serra (PSDB) usou as redes sociais para lamentar a morte do GCM (Guarda Civil Municipal) Benedito Manoel da Silva, de 56 anos, depois de uma agressão feita por um jovem dentro do parque Celso Daniel. O agente teve três paradas cardíacas nesta quarta-feira (15/01) e faleceu na madrugada desta quinta-feira (16/01).
“Cidade chora? Chora, sim. Hoje, Santo André está chorando. A morte do cidadão, pai de família, Benedito Manoel da Silva, 56 anos, é insuportável. Machuca, dói, entristece. Mais ainda quando a causa é a associação de desrespeito e violência. Ainda mais quando ocorre no cumprimento do dever. Neste momento, duas famílias choram mais que todos nós: a do agredido e a do agressor”, afirmou.
O GCM foi agredido nesta quarta-feira (15/01) por um frequentador do Parque Celso Daniel. O guarda levou dois socos no peito e infartou.
O agente de segurança foi dar orientação ao freqüentador do parque sobre o uso de narguilé, uma espécie de cachimbo, constituído de um fornilho, um tubo longo e um pequeno recipiente contendo água perfumada, pelo qual passa a fumaça antes de chegar à boca. Pais de crianças que estavam no local se sentiram incomodados com o fato e pediram a ajuda da GCM.
O usuário, identificado pela Polícia como Giovani Aquiles, que se revoltou com a recomendação para não fumar no local e, segundo testemunhas e guardas municipais, o jovem partiu para a agressão contra o GCM, que tinha 33 anos de atuação na Corporação. Os colegas afirmam que sua atuação durante as três décadas foi exemplar.
O caso foi registrado no 4º DP de Santo André e o agressor prestou depoimento e foi liberado pela delegada Roberta Aidar Franco.
De acordo com a Secretaria de Segurança do Estado, primeiramente, o caso foi registrado como lesão corporal e resistência pelo 4º DP de Santo André. Após a morte, o caso foi registrado como comunicação de óbito pelo 1º DP do município.
O velório do guarda municipal está sendo no cemitério do Curuçá desde às 13h e sepultamento está previsto para esta sexta-feira (17/01) para 9h15. A Prefeitura de Santo André decretou luto oficial de três dias pela morte do Guarda Civil Municipal.