Pastora evangélica é morta em Diadema
Crime aconteceu na madrugada desta sexta-feira no bairro Casa Grande; familiares apontam como suspeito o ex-marido
- Pastora evangélica é morta em Diadema; suspeito fugiu em um carro Celta.
Foto: Reprodução/redes Sociais
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 18/05/2019
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Crime aconteceu na madrugada desta sexta-feira no bairro Casa Grande; familiares apontam como suspeito o ex-marido
A pastora evangélica Ieda Alvin Lino, de 42 anos, foi morta na madrugada desta sexta-feira (17/05) com golpes de faca. Familiares da vítima, entre elas a própria filha acusou o ex-marido da mãe como sendo o autor do crime.
“Esse monstro matou a minha mãe esfaqueada. Eu vi o sangue da minha mão escorrendo e eu quero morrer por isso. Compartilhem até achar esse monstro. Me ajudem, por favor. Eu quero que ele pague. O nome dele é José Edson Lino Filho”, disse a Filha E.A, em sua página no Facebook. A filha ainda postou duas fotos do suspeito.
Amigos e familiares elogiaram Ieda Alvin e sua postura diante da comunidade. Afirmam que ela dedicou a sua vida a fazer caridade e atuar na evangelização das pessoas. Pelas informações de amigos, era teria uma medida protetiva contra o assassino.
De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança, o crime aconteceu na rua João Ramalho, no bairro Casa Grande, às 21h desta sexta-feira. “A Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência na região, quando encontrou uma mulher caída com ferimento de faca. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, mas a vítima não resistiu” , informou a Secretaria.
No BO (Boletim de Ocorrência) consta que o homem fugiu em um veículo Celta. O caso foi registrado no 1º Distrito Policial como homicídio simples. Apesar das declarações dos familiares, não consta o nome do ex-marido no BO.
Feminicído
Se a suspeita for confirmada no caso da pastora, esse será o oitavo feminicídio no ABCD neste ano. O mais recente foi em Mauá, onde Danilo dos Santos Damásio, de 22 anos matou a amante Viviane Miranda Maurício, de 26 anos , e a colocou dentro de um mala no armário da casa da sua mulher. Ele temia que qua a esposa descobrisse o caso extraconjugal.
Em 2 de fevereiro a veterinária Paula Patrícia de Mello, de São Caetano, foi morta com 21 perfurações de faca. O namorado e autor do crime tentou o suicídio em 7 de fevereiro ao tentar se jogar do 4º andar o Complexo Hospitalar Márcia Braido, onde estava internado porque depois que matou a companheira escorregou no sangue e atingiu a própria barriga.
O assassino confesso estava algemado na cama do quarto do hospital, mas conseguiu se jogar junto com a própria grade onde estava preso. Givanilson acabou caindo no segundo andar do prédio e fraturou a perna e teve ferimentos na cabeça. Atulamente encontra-se preso.
Um dia depois a médica cubana Laidys Sosa Ulloa Gonçalves, de 37 anos, foi morta em Mauá com golpes de chave de fenda. O assassino é o próprio marido, o brasileiro Dailton Gonçalves Ferreira, de 45 anos, que enterrou o corpo em uma mata perto da Estrada dos Fernandes, em Ribeirão Pires. O homicídio aconteceu após uma discussão do casal na rua Francisco Inhesta Spinosa, no Jardim Olinda, onde os dois moravam.
Em 3 de março, Nayara Justino Lima, moradora do bairro de Ferrazópolis, em São Bernardo, foi morta pelo marido, Jucelio Alexandre da Silva, de 45 anos. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, o homem fugiu, mas antes deixou a filha de 4 anos com o irmão dele.
Colocou o corpo na geladeira
Em Santo André, dois casos de feminicídio ocorreram em 18 e 19 de março, sendo que em um deles Lucas Alves da Silva, de 24 anos, matou a namorada Engel Sofia Pironato, de 21 anos, e a colocou dentro da geladeira. Ao tentar fugir num carro de aplicativo foi preso.
No outro caso, também em Santo André, Elieide Rodrigues de Oliveira, de 38 anos, foi atropelada e baleada pelo marido na Rua Armando Mazzo, no Jardim Rina.
Em 18 de abril, São Bernardo registrou mais um feminicídio, na rua Nelson, no bairro Alves Dias. Um homem discutiu com a mulher na madrugada e a matou com arma branca no pescoço. De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança, o irmão do assassino foi quem encontrou Elisângela da Silva, de 33 anos, às 7h. O homem, de 31 anos, fugiu depois que cometeu o crime contra a companheira.