Parceria entre Braskem e MASP destina 34 toneladas de resíduos orgânicos e recicláveis
Desde abril de 2022, o volume total de resíduos produzido pelo museu tem sido destinado à reciclagem ou à transformação em adubo orgânico e combustível energético
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Foto: Reprodução
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 14/03/2023
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Desde abril de 2022, o volume total de resíduos produzido pelo museu tem sido destinado à reciclagem ou à transformação em adubo orgânico e combustível energético
A parceria entre a Braskem, empresa que produz resinas plásticas, e o MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, deu origem a um projeto de sustentabilidade e gestão de resíduos, que apenas em seis meses destinou corretamente mais de 34 toneladas de resíduos orgânicos e recicláveis produzidos pelas áreas administrativas e de circulação de público dentro do museu.
A iniciativa promove a destinação correta das embalagens para a reciclagem e a transformação de resíduos orgânicos em adubo e de rejeitos em energia. A empresa responsável pela coleta dos resíduos é a MUSA, que disponibiliza um link para acompanhar, em tempo real, a gestão de resíduos do MASP. Como parte do projeto, foram realizados treinamentos internos, além do desenvolvimento de um manual de gestão de resíduos disponível no site do museu e a instalação de lixeiras nas áreas de circulação de público e administrativas.
Entre o volume total de resíduos retirados, cerca de 3,4 toneladas de restos de alimentos geraram 1,4 toneladas de adubo orgânico. Além disso, mais de 15 toneladas de material reciclável foram encaminhadas à cooperativa Crescer para que possam ser destinados à reciclagem. O plástico representa 35% dos resíduos reciclados.
Além disso, os 15.640,61 kg de resíduos não recicláveis foram incinerados e transformados em 23.076,03 kWH de combustível energético, resultando na economia de 63.453,42 kg de CO². Essa economia corresponde à emissão de um carro quando roda 333.965,35 km – o que equivale a 8,3 voltas completas ao redor do planeta –, e 187,54m³ em espaço de um aterro sanitário – isso é igual ao espaço que 625 geladeiras ocupariam se colocadas lado a lado.
Foco em sustentabilidade ambiental
Em 2019, foi criado o Grupo de Trabalho em Sustentabilidade, formado por colaboradores de diversas áreas do museu. Em 2020, o grupo realizou um amplo levantamento sobre as principais ações, presentes e futuras, relacionadas ao desenvolvimento sustentável do MASP. De característica multidisciplinar, o grupo encontra-se regularmente e trabalha em conjunto para que iniciativas sustentáveis sejam propostas, analisadas e implementadas no museu.
Dentre as atividades realizadas, destaca-se a publicação do inventário de gases de efeito estufa – o GHG Protocol. Esta ação foi pioneira no setor cultural, o que tornou o MASP o primeiro museu brasileiro com acervo a realizar esse inventário, que visa entender, quantificar e gerenciar as emissões de gases de efeito estufa da instituição. O MASP realiza uma auditoria externa de seu inventário, o que possibilita ao museu receber a certificação de maior nível do programa – o Selo Ouro. Em 2022, o museu publicou o inventário pelo terceiro ano consecutivo.
Iniciativas mapeadas na esfera ambiental, também realizadas por diversas áreas do museu, incluem: a redução do desperdício de água, a redução das impressões em papel e o avanço nas iniciativas ligadas à eficiência energética, como a adequação progressiva da iluminação para LED.