Para economizar gastos, Mauá reduz atendimento em UBSs

Recentemente, governo de Alaíde Damo decretou estado de calamidade pública na cidade devido à dificuldade financeira

UBSs Florida foi uma das unidades de saúde que tiveram o horário de atendimento reduzido. Foto: Divulgação/PMA

Os moradores de Mauá começaram a sentir na pele os reflexos da grave crise econômica na qual passa a cidade. Depois de enfrentar falta de médicos em UPAS (Unidades de Pronto Atendimento), agora, é a vez das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) terem os horários de atendimento reduzidos nesta semana. A alegação usada pela Secretaria de Saúde é a o estado de calamidade pública decretada recentemente pela Prefeitura e que visa o corte de gastos. De acordo com a administração, a economia aos cofres públicos será de 20%.

As UBSs Flórida, São João, Zaíra II e Sônia Maria tinham o horário de funcionamento das 7h às 21h, e agora será até 17h. “Com exceção da UBS Magini, nas demais não havia atendimento médico no horário das 19h às 21h, o que as deixavam ociosas. Por essa razão, elas foram readequadas para atendimento das 7h às 17h. A UBS Magini continua funcionando das 7h às 21h, pois houve a reorganização e a realocação dos profissionais que atuavam no 3º período das outras unidades”, justificou a Prefeitura.

De acordo com a Prefeitura, ainda na Unidade Básica de Saúde Magini, o terceiro período passou a atender a saúde bucal com urgências/emergências.

O governo da prefeita interina, Aláide Damo (MDB), argumentou que a alteração está amparada pela Política Nacional de Atenção Básica, que estabelece a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde (SUS). “É essencial que as Unidades Básicas de Saúde funcionem com carga horária de 40 horas/semanais e nos 5 dias da semana, possibilitando acesso à população. Vale destacar que as diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica foram consideradas para que houvesse a alteração do horário de funcionamento, bem como a otimização dos serviços prestados à comunidade”, informou a Prefeitura.

A administração da emedebistas ainda alegou que não há demanda de consulta nas Unidades Básicas de Saúde que foram readequadas, porque, teria sido feito um planejamento na atenção ao cuidado, considerando a reorganização do processo de trabalho.