Pancadões de Diadema geram reclamações e dor de cabeça a moradores
Rondas, condução de veículos para a delegacia e autuação de estabelecimentos aumentaram em 2018
- Pancadões de Diadema são combatidos pela Guarda Municipal.
Foto: Divulgação/PDA
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 07/06/2018
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Rondas, condução de veículos para a delegacia e autuação de estabelecimentos aumentaram em 2018
Mesmo com programa e lei de combate aos pancadões, Diadema é uma das cidades do ABCD onde os bailes funks são realizados com frequência e é alvo de inúmeras reclamações nas redes sociais. No comparativo entre os meses de janeiro e março de 2017 e 2018, a Operação Tranquilidade registrou aumento de rondas. Foram 13.342 no ano passado, contra 18.607 neste ano. Também aumentou de um para nove a quantidade de automóveis conduzidos à Delegacia de Polícia, sendo que estabelecimentos autuados por produzirem som em alto volume subiram de cinco para oito.
Mesmo com toda a ofensiva, os bailes de ruas continuam crescendo. Ao mesmo tempo que divertem inúmeros jovens, também incomodam muitas pessoas.
Nas redes sociais, moradores reclamam que os jovens fecham as ruas, sem autorização da Prefeitura, e ficam até altas horas da noite. Em alguns casos, permanecem um fim de semana todo, com som alto. Além do barulho, quem mora nessas regiões, lamenta que não consegue se locomover e retirar o carro da garagem. O estilo musical também não agrada as famílias que moram no entorno dos locais de realização de baile.
Os números de pancadões oficiais divulgados pela Prefeitura convergem com as inúmeras reclamações da população. Lideranças da cidade e moradores contabilizavam mais de 35 pontos, apesar de os números oficiais serem menores: menos de dez. Os valores das multas variam de acordo com a gravidade da infração e vão de R$ 361 a R$ 3,61 mil. A penalidade é feita por agente público ou guarda municipal.
Pancadões
Em Diadema, desde 2010, a gestão pública tenta coibir os pancadões ilegais com o programa “Operação Integrada de Fiscalização”. Na prática, a GCM (Guarda Civil Municipal) e a PM (Polícia Militar), por meio de uma ação integrada, percorrem nos fins de semana e feriados todos os bairros da cidade para impedir a realização das festas e atender as denúncias que são feitas pelos moradores pelo “Disque Denúncia”.
Onde denunciar os pancadões?
De acordo com a Prefeitura, o Programa Diadema Legal, implantado em 2002, percorre a cidade, todos os dias de semana, vistoriando as ações de bares e infratores.
As denúncias podem ser feitas por meio dos telefones 0800-770-5559, 153 e 190, por email (diademalegal@diadema.sp.gov.br) ou pessoalmente na avenida Ulisses Guimarães, 3.399, Vila Nogueira (tel. 4044-0255 ou 4044-0258).
Discussão nacional
No Congresso Nacional, desde o ano passado, é discutida a proibição do funk no País. A sugestão foi feita por uma pessoa comum e teve adesão de mais de 20 mil assinaturas.
A polêmica ideia de acabar em definitivo com atividades relacionadas ao ritmo musical é de autoria do empresário de São Paulo, Marcelo Alonso. Ele criou o site “Funk é lixo”. O projeto não tem data para começar a ser debatido nem tampouco colocado em votação. Contudo, os debates geraram polêmica nas redes sociais.