Orlando e Carla Morando atuaram pela queda do presidente nacional da Enel
Prefeito de São Bernardo e deputada estadual têm trabalhado para que a concessionária de energia e seus representantes sejam responsabilizados por supostas irregularidades cometidas contra a sociedade
- Orlando e Carla Morando atuaram pela queda do presidente nacional da Enel.
Foto: Divulgação
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 23/11/2023
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Prefeito de São Bernardo e deputada estadual têm trabalhado para que a concessionária de energia e seus representantes sejam responsabilizados por supostas irregularidades cometidas contra a sociedade
O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, e sua esposa e deputada estadual, Carla Morando, atuaram contra Nicola Cotugno, presidente da Enel, concessionária de energia elétrica que atua em 24 municípios da região metropolitana de São Paulo. O executivo foi demitido nesta quinta-feira (23/11).
Ambos trabalham para que a Enel seja responsabilizada por supostas irregularidades cometidas contra a sociedade culminou na demissão do presidente nacional da companhia, Nicola Cotugno. O casal tem feito duras críticas e no pedido de providências junto aos órgãos competentes para que os consumidores sejam ressarcidos de seus prejuízos após os recentes apagões que perduraram por mais de 72 horas e deixaram mais de 1,5 milhão de pessoas sem luz.
Relatora de CPI em curso na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para apurar possíveis irregularidades e práticas abusivas cometidas pela Enel na prestação de serviços de fornecimento de energia elétrica na região metropolitana, a deputada Carla Morando alerta que Nicola Cotugno não será isentado de todos os danos causados à população enquanto presidiu a Enel. “Estou enviando à Justiça pedido para que o passaporte dele e todos os bens sejam bloqueado e evitar que ele fuja do País”, ressalta.
“Minha insatisfação com essa empresa é antiga, mas não me dou por satisfeito. A Enel não pode achar que substituir o presidente resolve o problema dos consumidores. Só vou acreditar que os serviços de energia elétrica em São Paulo vão melhorar quando a Enel for substituída. Tive a oportunidade de dizer ao presidente estadual da companhia durante oitiva da CPI que considero a empresa um lixo e reafirmo meu posicionamento”, destaca o prefeito Orlando Morando.
O chefe do Executivo de São Bernardo destacou, ainda, que já havia entrado com representação no MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) contra a Enel, em junho de 2022, devido ao mau serviço prestado pela concessionária no município. Entre as denúncias listadas na ação, destaque para ausência do serviço de deseletrificação em redes próximas a copas de árvores (necessário para realização de serviços básicos de zeladoria), quedas constantes de energia e demora no reestabelecimento do fornecimento. Além disso, lembrou que a concessionária é campeã de reclamações no Procon da cidade.
O prefeito Orlando Morando chegou a bater-boca com outros diretores da Enel durante reunião da CPI na Alesp.
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Passaporte
A deputada Carla Morando foi uma das que mais atuou para a queda do presidente nacional da Enel. Ela disse na noite desta quarta-feira (24/11) que a demissão não deixará de responsabilizar os executivos da concessionária. Ela acionou a Justiça para que haja a apreensão do passaporte do presidente da Enel.
Para a relatora Carla Morando, o presidente nacional não aguentou a pressão dos últimos dias. “Quem não deve não teme. Ele pediu demissão e ficou muito claro que ele não vai aguentar o tranco e a gente vai estar com certeza em cima e buscando todas as informações para o nosso relatório final”
A deputada disse que vai acionar os órgãos competentes para que ele não deixe o Brasil. “Hoje o que é importa bastante é que ele permaneça no Brasil, já que ele é italiano. Tem de ficar por aqui, porque se nós tivermos mais alguma informação tem de ser responsabilizado, porque a demissão dele não o isenta da responsabilidade dos 5 anos que ele comandou a Enel aqui no país. Então é, estaremos atentos. Já fiz a solicitação de uma providência para o Ministério público, que será encaminhada depois à justiça para poder pedir a apreensão do passaporte e também o bloqueio de bens”, disse.
A parlamentar disse que o relatório da CPI será concluído até 23 de dezembro, conforme prevê O Regimento da Alesp. “Ouviremos o presidente da Enel São Paulo, Max Lins, novamente. Na próxima quarta-feira , ele retornará à CPI para responder aos nossos questionamentos. Queremos saber qual o planejamento da Enel quanto aos prejuízos que a população teve teve até o momento”, afirmou a deputada.
A parlamentar disse que o relatório da CPI será concluído até 23 de dezembro, conforme prevê O Regimento da Alesp.