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Operação da PF apura desvio de verba na pandemia e cumpre mandado em Sto.André

Prefeitura afirma que a ação deflagrada pela Polícia Federal tem como alvo a cidade de Hortolândia, no interior de São Paulo, que teria contrato com uma empresa sediada em Santo André

  • PF cumpre 10 mandados de busca e apreensão nos municípios de Hortolândia, Santo André  Campinas, Indaiatuba, São Paulo e Araras, todos expedidos pelo TRF-3.
    Foto: Divulgação
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 09/12/2020
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Prefeitura afirma que a ação deflagrada pela Polícia Federal tem como alvo a cidade de Hortolândia, no interior de São Paulo, que teria contrato com uma empresa sediada em Santo André

 

PF cumpre 10 mandados de busca e apreensão nos municípios de Hortolândia, Santo André  Campinas, Indaiatuba, São Paulo e Araras, todos expedidos pelo TRF-3. Foto: Divulgação

 

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (09/12) a Operação Involuto, para apurar desvio de recursos públicos destinados a aquisições de equipamentos de proteção à COVID-19 (máscaras e óculos de proteção), pelo município de Hortolândia/SP. Estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Hortolândia, Santo André  Campinas, Indaiatuba, São Paulo e Araras, todos expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

As investigações, iniciadas no mês de setembro de 2020, buscam apurar irregularidades na utilização de verbas públicas federais em quatro contratos distintos de compra de materiais firmados no período de 18.3.2020 a 23.3.2020.

Durante as apurações, constatou-se que, em ao menos dois desses contratos, a cotação de preços da prefeitura foi direcionada para empresas controladas por integrantes de uma mesma família, de forma a se chegar a um preço de contratação acima do de mercado.

A PF confirmou a existência de vínculos de amizade e de parentesco entre os sócios das quatro empresas selecionadas como fornecedoras pelo município de Hortolândia e que uma dessas pessoas jurídicas atua no ramo de fabricação e/ou compra e venda de móveis, inexistindo indício de prévia atuação no comércio de equipamentos de proteção hospitalar.

Além dos indícios de direcionamento das contratações em benefício de empresas específicas, o Ministério Público de Contas do Estado de São Paulo constatou superfaturamento por parte dos fornecedores, totalizando prejuízo ao erário no montante superior a R$ 724 mil.

A Prefeitura de Santo André emitiu uma nota oficial e afirmou que a Prefeitura e seus respectivos contatos não são investigados. “A operação deflagrada pela Polícia Federal tem como alvo outra cidade, Hortolândia, no interior de São Paulo, que teria contrato com uma empresa sediada em Santo André. Não há qualquer relação com a Prefeitura de Santo André ou com os contratos vigentes no município”, concluiu a nota .