ONU calcula ao menos 100 mil deslocados na Ucrânia após invasão russa
Ataque foi premeditado e visa restruturação da União Soviética, diz presidente dos EUA ao anuncia sanções à Rússia
- ONU calcula ao menos 100 mil deslocados na Ucrânia após invasão russa.
Foto: Reprodução
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 24/02/2022
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Ataque foi premeditado e visa restruturação da União Soviética, diz presidente dos EUA ao anuncia sanções à Rússia
Uma porta-voz da Agência da ONU para Refugiados (Acnur) calcula que pelos menos 100 mil pessoas tiveram que abandonar suas casas na Ucrânia após invasão da Rússia. A informação é de que milhares de pessoas cruzaram as fronteiras rumo a países vizinhos nesta quinta-feira (24/02).
O Exército russo iniciou os bombardeios no território da Ucrânia, mas garantiu que os ataques têm apenas como alvo bases aéreas ucranianas e outras áreas militares, não zonas povoadas.
As forças russas até agora têm atacado instalações militares ucranianas e alvos de defesa aérea, usando mais de 160 mísseis balísticos de médio e curto alcance, segundo o Ministério de Defesa americano. A Rússia também usou mísseis lançados do mar de navios de guerra no Mar Negro
Repercussão
Durante coletiva realizada na tarde desta quinta-feira, na Casa Branca, em Washington, o presidente norte-americano Joe Biden anunciou sanções à Rússia após a invasão da Ucrânia. Segundo Biden, essa é “A maior sanção econômica já vista na história.”
O presidente disse que as medidas terão início nos próximos dias. “A Rússia não poderá negociar nem em dólares, nem em euros nem em ienes”. Segundo Biden, os títulos do governo russo já caíram mais de 30%. A moeda do país, o rublo, também segue em desvalorização perante o mercado internacional.
Biden anunciou que todos os ativos dos bancos russos nos Estados Unidos (EUA) serão congelados. “Temos US$ 1 trilhão em ativos congelados; um terço dos bancos russos serão cortados do sistema financeiro SWIFT”, revelou. O sistema SWIFT é uma cooperação internacional que conecta instituições financeiras em mais de 200 países, e que é controlado pelos bancos centrais dos países que integram o G-10 – grupo das 10 maiores economias do mundo.
Biden disse que os EUA reduzirão o acesso da Rússia à tecnologia e a financiamentos em setores estratégicos, como o aeroespacial. “Nossas ações afetarão mais da metade das exportações de alta tecnologia”, complementou.
O presidente norte-americano destacou ainda que “Os EUA não estão fazendo isso sozinhos, Há meses estamos construindo uma coalizão de parceiros”, disse, citando França, Austrália, Reino Unido, e Nova Zelândia. Momentos antes da entrevista, Biden já havia alinhado as sanções anunciadas com os outros líderes do G7 – grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. “Estão todos aliados”, informou.
Sobre os fornecimentos de combustíveis e gás natural, o político pediu para que as petrolíferas norte-americanas não se aproveitem da situação para aumentar preços. Ele garantiu que os EUA estão se coordenando com produtores de petróleo para garantir o fornecimento de energia global, e que há reservas de petróleo disponíveis.
Defesa de aliados
“Este foi um ataque premeditado”, disse Biden. Ele lembrou que, durante muitas semanas vinha alertando o mundo do que ocorreria. E, segundo ele, quando o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), estava prestes a se reunir, Putin atacou a Ucrânia.
(Com Agência Brasil)