Natal deve movimentar R$ 286 milhões no ABCD e internet é destaque
Haverá queda de 4% comparado com 2018, segundo Pesquisa de Intenção de Compra da Metodista
- Natal movimenta comércio na Região do ABCD.
Foto: Divulgação
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 04/12/2019
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Haverá queda de 4% comparado com 2018, segundo Pesquisa de Intenção de Compra da Metodista
O Natal de 2019 deve ser mais enxuto em movimentação comercial no ABCD. Pesquisa de Intenção de Compra (PIC) da Universidade Metodista de São Paulo estima para os sete municípios um giro com presentes de aproximadamente R$ 286 milhões, ou queda real de 4% em relação aos R$ 291 milhões de 2018.
O destaque desta edição serão as compras pela internet: a opção digital saltou de 4% no ano passado para 25% em 2019. Também subiu a preferência pelos shoppings, apontados por 41% dos entrevistados como endereço das compras este ano, contra 18% em 2018.
R$ 132 por presente
O preço médio que consumidores da região estão dispostos a pagar por presente é de R$ 132. Comparado aos R$ 164 do ano passado, a queda nominal é de 19,5% — ou baixa real de 21,5% se considerada a inflação acumulada de 2,54% nos últimos 12 meses até outubro.
Com relação aos gastos totais planejados (mais de um presente), os entrevistados pretendem desembolsar R$ 406, queda real também de 4% sobre os R$ 413 do ano passado. A conjuntura de lenta recuperação da economia, que no ABC se agrava com a concentração no setor automotivo e a crise no principal parceiro comercial, a Argentina, explica o Natal mais comedido.
“Estudo do Observatório Econômico da Metodista em parceria com CNI e FIESP (Boletim IndústriABC) aponta que as fábricas da região operam com 41% de ociosidade. Além disso, a indústria de transformação regional perdeu 1.654 postos formais de trabalho entre janeiro e outubro deste ano”, cita Moisés Pais dos Santos, professor pesquisador do Observatório Econômico, sobre os últimos dados do Caged-Ministério do Trabalho. “Infelizmente, o movimento comercial estimado para o Natal de 2019 quebra a tendência de recuperação após a forte retração econômica vivenciada em 2015-2016”, diz.
Segundo a PIC, as lembranças mais procuradas deverão ser vestuários/calçados (31%), seguidos por brinquedos, perfumes e cosméticos (16%) e livros (8%). Os 573 entrevistados apontaram que deverão presentear, pela ordem, mãe (20%), pai (13%), filhos e irmãos (12%), além de esposos (11%).