Moradora de São Caetano utiliza o esporte na batalha contra o câncer
Suely pertence a família de lutadores (os primos são judocas) e, de alguma forma, as artes marciais sempre fizeram parte de sua vida
- Moradora de São Caetano utiliza o esporte na batalha contra o câncer.
Foto: Divulgação
- Por: Redação
- Publicado em: 21/07/2023
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Suely pertence a família de lutadores (os primos são judocas) e, de alguma forma, as artes marciais sempre fizeram parte de sua vida
Um grande exemplo de como o esporte pode ser usado como um instrumento de promoção de qualidade de vida, superando barreiras. É o caso da Suely Hanae Shibata Ishizaki, 55 anos, moradora do Bairro Olímpico há seis anos, que encontrou na prática do muay thai uma forma de enfrentar com mais leveza, disposição e alegria o tratamento contra o câncer.
Suely pertence a família de lutadores (os primos são judocas) e, de alguma forma, as artes marciais sempre fizeram parte de sua vida. “Logo que cheguei em São Caetano, vim com a ideia de procurar um local que eu pudesse fazer alguma luta, mas não sabia ao certo qual. Foi quando encontrei uma academia e me falaram para fazer uma aula com o professor Juba (Juscelino Rodrigues). Tive uma aula experimental e gostei muito do muay thai”, relembra.
Sua vida, no entanto, teria uma mudança radical e ao mesmo tempo repentina. Em meados de 2020, em plena pandemia da covid-19, passou a sentir-se mal. Mesmo indo ao médico, os sintomas se intensificaram. Até que, em dezembro do mesmo ano, teve o diagnóstico de tumor neuroendócrino, um tipo raro de câncer que atingiu pâncreas, fígado e pulmões.
Por alguns momentos, de muitos dias que se seguiram, o mundo de Suely pareceu estar fadado a ruir. Porém, uma luz novamente surgiu. O muay thai do professor Juba passou a ser sua válvula de escape, no sentido de autoestima e perseverança na luta contra a doença.
“Não é pelo fato de estar doente que eu vou ficar triste, em casa. Quanto mais praticamos atividade física, a nossa vida fica melhor e, particularmente, eu evoluí física e mentalmente depois do diagnóstico, muito por conta do muay thai. Há dias em que eu não estou bem e venho ao CTE (Centro de Treinamento Esportivo Mario Chekin), treino e me sinto muito melhor”, garante a lutadora.
Suely faz questão de deixar uma mensagem de agradecimento e, ao mesmo tempo, de estímulo. “Em primeiro lugar tenho de agradecer por estar viva, e também ao meu treinador, meus colegas e minha família. Em segundo, gostaria de dizer a todos aqueles que, de alguma forma, passam por momentos difíceis na vida, que para tudo dá-se um jeito. Na minha opinião, o esporte é o melhor jeito de todos, porque aqui fiz amigos, me sinto mais viva do que nunca, e muito forte para enfrentar meus problemas.”