VOLTAR
  • Cidades

Ministério da Saúde confirma segundo caso de coronavírus em SP

Paciente infectado também esteve na Itália, como aconteceu com o primeiro caso divulgado nesta semana

  • Vítima que morreu com coronavírus é um homem de 78 anos que tinha doença neurológica crônica
    Foto: Agência Brasil
  • Por: Redação
  • Publicado em: 29/02/2020
  • Compartilhar:
  • [addtoany]

Paciente infectado tem 32 anos e  também esteve na Itália, como aconteceu com o primeiro caso divulgado nesta semana

 

Ministério da Saúde confirma segundo caso de coronavírus em São Paulo, após realização de exame. Foto: Agência Brasil

 

O Ministério da Saúde (MS) informou na tarde deste sábado (29/02) que foi confirmado o segundo caso do novo coronavírus no país. Pelo Twitter, a pasta disse hoje que o paciente infectado também é de São Paulo e esteve na Itália, ou seja, é um caso importado, como o primeiro divulgado. De acordo com a pasta, não há evidencias de circulação do vírus em território nacional. Até o momento, o Ministério da Saúde (MS) informa que 182 casos suspeitos de coronavírus são monitorados no Brasil.

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo notificou o Ministério da Saúde mais um caso importado, confirmado, do COVID-19. Apesar da nova confirmação, não há mudança da situação nacional, pois não existem evidências de circulação sustentada do vírus em território brasileiro. O paciente esteve na Itália. O ministério considerou final os testes realizados pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), o exame específico para SARS-CoV2 (RT-PCR, pelo protocolo Charité), conforme preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Foi orientado ao HIAE que encaminha uma alíquota da amostra ao Instituto Adolfo Lutz, para monitoramento genético do vírus.

O paciente, homem, possui 32 anos, residente em São Paulo, e foi atendido no Hospital Israelita Albert Einstein no dia 28/2. Ele chegou em São Paulo dia 27/02, de voo procedente de Milão (Itália), na região da Lombardia (norte do país), quando também iniciou os sintomas. Durante o voo, usou máscara. No atendimento, foram relatados febre, mialgia (dor muscular) e cefaléia (dor de cabeça). Recebeu a orientação de isolamento domiciliar, uma vez que o quadro clínico é leve e estável. O hospital adotou todas as medidas preventivas para transmissão por gotículas.

Segundo relato, utilizou máscara durante toda a viagem de retorno ao Brasil, acompanhado da esposa, seu único contato domiciliar, que está assintomática. Ambos estão isolamento domiciliar e monitoramento diário pela Secretaria Municipal de São Paulo.

A investigação de contatos próximos durante o voo e outros locais está em curso por meio das secretarias estadual e a municipal em conjunto com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Novos critérios

Mais cedo, o ministério informou também neste sábado que vai alterar o fluxo de notificação dos casos suspeitos do novo coronavírus a partir da próxima segunda-feira (o2/03). Com a mudança, a pasta vai deixar de centralizar as informações e passar a considerar integralmente os dados repassados pelos gestores locais. Antes, cada notificação era reanalisada pela equipe da pasta. “A ação de descentralização da consolidação dos casos busca dar agilidade de resposta à doença”, disse o MS.

Segundo o ministério, o novo fluxo foi acordado com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS). A pasta informou ainda que as equipes dos ministérios vem treinando os estados, ao longo das últimas semanas, para consolidar os dados sobre notificação de casos suspeitos.

 “A partir de agora as secretarias estaduais ficarão responsáveis por fazer a análise dos seus casos. Depois enviarão os dados mais refinados para o Ministério da Saúde”, explicou o secretário-executivo do ministério, João Gabbardo.

Procedimento similar já foi adotado em relação aos laboratórios para realizarem os exames para coronavírus. Inicialmente, o diagnóstico era realizado apenas pela Fiocruz, no Rio de Janeiro.

Atualmente, também são considerados laboratórios de referência nacional: Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, o Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará e o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) de Goiás, em Goiânia. Esses laboratórios já capacitados irão ajudar no esforço nacional de ampliação da capacidade laboratorial dos demais Lacens nos estados. (Da Agência Brasil)