Marido que matou a própria esposa em briga por futebol é solto
Empresário foi liberado menos de um mês após o crime
- Marido que matou a própria esposa em briga por futebol é solto.
Foto: Facebook
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 25/02/2021
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Empresário foi liberado menos de um mês após o crime
O réu confesso Leonardo Souza Ceschini, preso por matar, em 31 de janeiro, sua esposa Erica Fernandes Ceschini com golpes de facas, após discussão sobre jogo de futebol, foi solto na manhã desta quinta-feira (25/02). Segundo testemunhas, o casal iniciou uma discussão por conta das comemorações pelo título da Libertadores conquistado pelo Palmeiras no último mês. Érica era palmeirense e ele corintiano
O empresário foi beneficiado com uma decisão da Juíza Giovanna Colares, da 5ª Vara Criminal. A magistrada justificou no mandado de soltura que Leonardo foi preso preventivamente e, nesse caso, a denúncia contra ele deveria ser apresentada em até cinco dias, após a conclusão do inquérito.
“Verifico que já se encontra em muito ultrapassado o prazo para o oferecimento da denúncia, estabelecido no artigo 46 do Código de Processo Penal, razão pela qual a prisão do indiciado representa nítido constrangimento ilegal, devendo ser imediatamente relaxada, consoante artigo 5º, inciso LXV, da Constituição Federal, que dispõe que a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária”, despachou a magistrada na decisão.
A Polícia registrou o caso como homicídio qualificado, porém o MP (Ministério Público) solicita que o agressor responda por feminicídio, pois a pena é mais severa.
Em depoimento à polícia, Leonardo disse que a mulher o atacou com a faca primeiro. O corintiano contou à Polícia que a esposa e ele se desentenderam por causa de futebol. Ela teria pego uma faca e o agrediu, mas ele teria conseguido tomar a faca da vítima e desferido diversos golpes contra ela, causando sua morte.
Ele foi internado com ferimentos na barriga e a vítima foi enterrada na em 1º de fevereiro, no Cemitério Vale dos Pinheirais, em Mauá. Érica é filha do dono de um depósito de construção em Mauá, onde morou por muitos anos, mas atualmente residia na Rua Rubens de Souza Araújo no bairro de Pirituba, na Capital,
No dia do crime, policiais militares foram acionados, via COPOM, para atendimento da ocorrência e, no local, quando o morador abriu a porta, os PMs viram que havia mulher caída no chão da cozinha, com uma grande mancha de sangue.
Foi solicitado socorro ao local. A morte da mulher foi constatada no local. Já o autor, que apresentava lesões no abdome, foi socorrido ao Hospital do Mandaqui, onde permaneceu internado sob escolta policial.
O casal tem filhos gêmeos, de 2 anos, que não estavam no apartamento no momento do crime. O homem foi encaminhado ao hospital e permaneceu sob escolta policial até a alta médica.
Versão da Família
Pelas redes sociais a família de Érica questionou a versão dada pelo marido à Polícia. “Agora aproveito este momento para esclarecer algumas dúvidas. Minha irmã Érica foi brutalmente assassinada pelo meu cunhado. Ele desferiu golpes de faca nas costas e pernas de minha irmã após já tê-la agredido fisicamente. Então, após ter percebido a gravidade dos próprios atos, ele mesmo se esfaqueou para alegar legítima defesa. Não acreditem nas primeiras versões divulgadas na imprensa e redes sociais, porque em primeiro momento foi divulgado apenas a versão dele para se livrar das penalidades que provavelmente sofreria. Agora, que nós família da minha amada irmã, estamos sabendo aos poucos do real ocorrido pelos fatos que estão aparecendo”, afirmou a familiar de Érica