Julgamento dos acusados pela morte da família Gonçalves é adiado para junho
Júri teve de ser programado para outra data porque testemunha chave não compareceu no Fórum nesta segunda-feira
- No 1º dia de júri popular, familiares e amigos pedem Justiça no caso da família carbonizada.
Foto: Reprodução/Leandro Amaral-Repórter Diário
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 21/02/2022
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Júri teve de ser programado para outra data porque testemunha chave não compareceu no Fórum nesta segunda-feira
A Justiça remarcou para o dia de 13 de junho o júri popular o júri popular dos acusados de assassinar e queimar o casal de empresários Romuyuki Veras Gonçalves, de 43 anos, Flaviana de Meneses Gonçalves, de 40 anos, e o filho deles, Juan Victor Gonçalves, de 15 anos, em 28 de janeiro de 2020. O julgamento estava previsto para começar nesta segunda-feira (212), às 10h, no Fórum de Santo André, no entanto uma testemunha chave não compareceu e e o juiz reagendou para outra data.
Familiares e amigos, desde logo cedo, se concentraram na frente do Fórum para clamar por Justiça. Dona Vera Lúcia Chagas Conceição, 57 anos, mãe de Flaviana, estava muito emocionada e concedeu entrevistas à imprensa e afirmou que os últimos dois anos foram os mais difíceis da sua vida, pois além do caso envolvendo os familiares ainda teve de lutar par ajudar o marido que encontra-se muito doente. Um de seu filhos também tirou a própria vida diante da pressão que sofreu nesses anos por conta da morte da irmã, do genro e do sobrinho.
Ela afirmou que a ajuda da imprensa foi fundamental para o caso ir a júri popular. Esse crime foi de muita repercussão porque a filha do casal, Ana Flávia, é acusada se ser uma das mentoras.
Dona Vera não gostou do adiamento. “Fiquei indignada, uma falta de respeito e consideração. Os advogados de defesa vieram querendo melar e melou. A testemunha testemunha estava na Mooca, pertinho, mas não veio. Mas estarei em junho aqui, com mais força ainda. Estava sentada no corredor quando as duas bruxas passaram”, disse durante entrevista coletiva.
Entenda quem vai a júri popular
Além da filha do casal estar no banco dos réus a ex-namorada dela Carina Ramos de Abreu também será julgada. Estão presos e em julgamento os irmãos Juliano Oliveira Ramos Júnior e Jonathan Fagundes Ramos, que são primos de Carina. O quinto preso é Guilherme Ramos da Silva, vizinho dos irmãos Ramos.
Durante as investigações, a Polícia, baseada em provas, chegou à conclusão que Anaflávia e a ex-namorada disseram aos três outros réus que o casal tinha em sua residência R$ 85 mil. Com a ajuda de ambas, o trio invadiu a casa da família Gonçalves para roubar.
Segundo apuração do MP (Ministério Público), como os criminosos não encontraram o dinheiro, optaram por matar a família. O crime foi brutal, pois além das agressões, os três foram asfixiados e depois colocados dentro do porta malas do carro da família. Eles foram levados até a Estrada do Montanhão, em São Bernardo. Os bandidos ainda colocaram fogo no carro e a família que morreu carbonizada.
Por conta dos protocolos de segurança sanitária, o plenário do Júri foi reservado apenas para as pessoas necessárias para o andamento do julgamento.