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Jovens de Ribeirão Pires são libertados no exterior e voltarão ao Brasil

Informação foi dada pela mãe de Nathalia que agradece todas as orações feitas pelo grupo que foi enganado por falsa promessa de emprego na Tailândia

  • Jovens de Ribeirão Pires tinham desaparecido desde 7 de novembro após falsa promessa de emprego no exterior.
    Foto: Divulgação
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 14/11/2022
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Informação foi dada pela mãe de Nathalia que agradece todas as orações feitas pelo grupo que foi enganado por falsa promessa de emprego na Tailândia

jovens desaparecidos

Jovens de Ribeirão Pires tinham desaparecido desde 7 de novembro após falsa promessa de emprego no exterior. Foto: Divulgação

Os dois moradores de Ribeirão Pires que havia sido sequestrados foram libertados do cativeiro e voltarão para o Brasil nesta quarta-feira (16/11). Nathalia Munhoz e Patrick da Silva Palma de Lopes, ambos de 25 anos, moradores do bairro Quarta Divisão foram enganados com falsa promessa de emprego no exterior (Tailândia).

A informação sobre a libertação foi dada por Vanessa Aparecida  Belchior, Munhoz, mãe de Nathalia. A filha entrou em contato com a família na noite deste domingo (14/11) após um desaparecimento de sete dias.

De acordo com Vanessa, os jovem foram libertados junto com um grupo de brasileiros, além de 38 indianos.

“Nós ficamos sabendo ontem por volta de 22h20 aqui do Brasil. Eu mandei uma mensagem para a mãe do Patrick perguntando se ela tinha notícias dele e ela me deu um retorno dizendo que eles estão libertos, e eu falei pra ela se ela estava perguntando para mim ou se ela está afirmando. Ela falou que estava afirmando e disse que a Natália iria me ligar e a Natália ligou assim que que ela terminou de falar comido. Nós ouvimos a voz dela, ela falou que foi liberta e que um ônibus da embaixada havia ido ao encontro deles e que não só ela mais 38 indianos tinham saído nesse resgate”, afirmou Vanessa

Ainda segundo ela, todos estavam até este domingo em um hotel, de onde ela mandou uma localização dizendo que saiu do cativeiro.

“Ela ligou para nós por 2 ou 3 vezes, conversou conosco, conversou com a filha dela, nós, inclusive, hoje já íamos comprar uma passagem, nós iríamos para Brasília na quarta-feira. Então eu agradeço a todos, agradeço todas doações, agradeço a todas as orações, o empenho e o amor que cada um demonstrou pela minha filha, pela nossa família. Obrigado a vocês também das mídias sociais ,dos jornais. E quando eu tiver uma notícia se você quiser nos acompanhar no retorno dela sejam bem-vindos”, completou Vanessa.

Entenda o caso

Um grupo de brasileiros foi levado no mês de julho para Bangkok, onde supostamente trabalhariam com Telemarketing. Porém, ao chegarem no aeroporto, eles foram abordados por homens com metralhadoras que os sequestraram. Todos foram colocados em um automóvel e levados até a cidade de Mae Sot, em Myanmar, que fica a seis horas de distância da Tailândia.

As passagens foram doadas ao grupo que grupo descobriu no local que iriam  trabalhar como “scammers” dando golpes em clientes  em várias partes do mundo. Até 7 de novembro, eles conseguiram manter contato, mas depois dessa data os celulares foram confiscados e não houve mais contatos.

A mãe de Nathália informou que a filha e o grupo permaneceram em cativeiro durante três meses e realizaram trabalhos forçados neste tempo em que foram mantidos como prisioneiros. Após esse período, eles conseguiram negociar a liberdade e seus familiares pagaram cerca de US$ 6 mil (equivalente a 31.954,20) pelo resgate. Apesar de terem efetuado o pagamento, ainda foram obrigados a ficar no local por mais 20 dias até que a entrega dos seus respectivos passaportes.

Apesar de todas essas exigências, em 7 de novembro um grupo composto por 10 brasileiros, juntamente de Nathalia e Patrick, foram levados para uma suposta delegacia, onde ficaram detidos e tiveram seus pertences retirados. Na última mensagem enviada por Nathalia, ela disse que se em 24 horas ela não retornasse, os parentes deveriam entrar em contato com a embaixada e as autoridades.

Depois disso, a família passou a ficar desesperada, pois não houve mais contatos.

Veja o que a embaixada do Myanmar disse em comunicado sobre a atual situação:

“Prezado, agradecemos a mensagem enviada. Esta embaixada expressa grande preocupação desde a primeira denúncia e continuamos trabalhando para a resolução da situação o quanto antes. Estamos em contato constante com diversos órgãos e autoridades no país no intuito de garantir a segurança e liberação dos 15 brasileiros que foram trazidos a Myanmar sem conhecimento e mantidos no complexo chamado “KK Park”. Em relação aos 10 brasileiros que foram liberados do “KK Park” e que se encontram atualmente detidos na delegacia de Myawaddy , estamos em contínuo diálogo com a autoridade local e fomos informados que os nacionais estão sendo bem tratados. O departamento de imigração na cidade informou que finalizou as entrevistas pessoais para avaliação de situação de cada um. Continuamos em contato diário com os Ministérios, órgãos e autoridades nacionais e locais para que essa situação seja resolvida o mais rápido possível. Informamos ainda que estamos em coordenação com diversas embaixadas, em esforço conjunto, para que ocorra também a liberação de todas as pessoas de diversas nacionalidades que se encontram em situação semelhante”.

 

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