Inclusão Neurodiversa no Mercado de Trabalho: Uma Revolução Necessária para o Sucesso
Segundo a professora, geógrafa e psicopedagoga Cibele Brisola, neurodiversidade é um termo que se refere à variedade de cérebros humanos e como eles funcionam de forma diferente. Leia artigo:
- Neuropsicopedagoga Cibele Brisola aborda o tema diante dos últimos acontecimentos envolvendo ataque em escola.
Foto: Divulgação
- Por: Redação
- Publicado em: 08/08/2023
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Segundo a professora, geógrafa e psicopedagoga Cibele Brisola, neurodiversidade é um termo que se refere à variedade de cérebros humanos e como eles funcionam de forma diferente. Leia artigo:
A neurodiversidade é um termo que se refere à variedade de cérebros humanos e como eles funcionam de forma diferente. Elas podem processar informações de forma não típicas, ter necessidades e habilidades e aprender de outras infinitas maneiras. Essas diferenças não são doenças. São simplesmente maneiras diferentes de pensar e aprender.
O cérebro dessas pessoas é mágico, processam de forma diferente habilidades, que talvez não consigamos fazer com as sinapses típicas.
Por muito tempo, as pessoas neurodivergentes foram excluídas do mercado de trabalho. Isso acontecia porque as empresas não estavam preparadas para receber e aproveitar as habilidades dessas pessoas.
Contudo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que cerca de 2 em cada 10 pessoas no mundo tem algum tipo de transtorno mental. Isso inclui uma variedade de condições, como autismo, TDAH, depressão, ansiedade, altas habilidades, discalculia, esquizofrenia entre outras condições. Portanto, é provável que uma parte significativa da população mundial seja neurodivergente, mesmo que seja em condição temporária(dificuldade) ou permanente(transtornos).
A neurodivergência não é uma doença, reforço novamente. É apenas uma forma diferente de pensar e processar as sinapses do cérebro. Como Neuro preciso reforçar que o cérebro humano é capaz de qualquer coisa, são infinitas as possibilidades, então, não existem dificuldade ou transtorno que não possam ser direcionados ao um modo diferente de processar essas informações. Nem sempre aquele que tem discalculia está impossibilitado de trabalhar, talvez o talento e habilidades estejam em outras áreas do cérebro, é isso que estudamos e fazemos para ajudar essas pessoas.
A neurociência é uma disciplina recente, porém, ela já chega cheia de históricos e possibilidades. Ela mostrou que a plasticidade do cérebro faz com que áreas, antes cinzas possam realizar funções e ou até outras áreas dividir funções e informações, em alguma necessidade neurológica. Enfim…(…)
Uma pesquisa da Universidade de Oxford revela que empresas que adotam políticas de inclusão neurodiversa registram um aumento surpreendente de 30% em suas taxas de inovação. Isso se deve à capacidade única desses profissionais de enxergar soluções originais e pensar “fora da caixa”, proporcionando um diferencial competitivo significativo.
Outro estudo conduzido pela Universidade de Cambridge mostra que as empresas inclusivas alcançam uma impressionante taxa de satisfação dos funcionários de 25% a mais do que aquelas que não promovem a diversidade neurodiversa. Esse aumento se deve ao ambiente acolhedor e empático criado, onde todos os colaboradores se sentem valorizados e respeitados.
E uma das pesquisas, da Universidade de Londres, descobriu que organizações inclusivas têm uma equipe 15% mais produtiva.
As empresas que estão comprometidas com a inclusão estão investindo no seu futuro. Expandindo a plasticidade dos cérebros dos funcionários com as habilidades e trocas constantes com um mundo mais inclusivo neurodiverso e diverso. As pessoas se sentem menos pressionadas na presença de neurodivergentes e potencializam sua produtividade de modo espontâneo. Ao incluir neurodivergentes, as empresas podem acessar uma ampla gama de talentos e habilidades que podem ajudá-las a alcançar o sucesso.
Precisamos lembrar que temos uma geração inteira de jovens, saindo de um pós-pandemia, que carregam consigo dificuldades de aprendizagem e também transtornos gerados nesse período ou intensificados. Não podemos fazer nossos jovens de hoje, entrar no mercado de ontem. Então precisamos nos reorganizar, e mudar o modelo de Trabalho coorporativo e administrativo.
Grandes empresas internacionais já têm colhido os frutos dessa abordagem inclusiva. Gigantes como Microsoft, Google, Cisco, Tesla, Amazon, Facebook, Intel, IBM, Apple, e SAP são exemplos de companhias que lideram o caminho para uma cultura empresarial de inclusão, estão percebendo que a inclusão de pessoas neurodivergentes é uma vantagem competitiva.
Seus casos de sucesso na melhora do ambiente de trabalho, e também impulsionamento e crescimento da lucratividade. Com um ambiente mais alegre, mais colorido, mais inclusivo, e mais comprometido.
Embora é de superações que viva um neurodivergente, geralmente é “fora da caixa” e inovador, criativo, veloz, e mais uma série de habilidades e competências.
Sem dúvida será desafiador para as empresas, pois exige um novo modelo de trabalho, mas com a ajuda de profissionais adequados os relatos de empresas são de um ambiente mais produtivo com mais leveza.
É inegável que o modelo tradicional de trabalho está chegando ao fim. Empresas conscientes entendem que o velho paradigma de bater cartão e permanecer sentado em uma cadeira o dia todo é inadequado para potencializar o talento diverso de sua equipe. A flexibilidade e a inclusão são os pilares de uma nova era corporativa que se abre para a diversidade e a neurodiversidade. E a uma nova forma consciente de trabalho flexível.
Neste novo século apesar das IA’s (Inteligências artificiais), a sociedade 5.0, exige a necessidade de sermos percebidos como indivíduo, como humano e pertencente ao mundo.
No entanto, um vento de mudança sopra pelo mercado corporativo. Cada vez mais empresas estão percebendo os benefícios de acolher pessoas neurodivergentes em seus quadros de funcionários. Pesquisas mostram ao redor do mundo que empresas que investem na inclusão neurodiversa e diversidade têm maior sucesso.
Essas pessoas trazem habilidades valiosas como:
- Eles podem ser mais criativos e inovadores.
- Eles podem ser mais focados e meticulosos.
- Eles podem ser mais resilientes e capazes de lidar com desafios.
- Eles podem ser mais colaborativos e trabalhar bem em equipe.
- São mais comprometidos.
- Gostam de superar desafios: é o que fazem a vida toda.
- Enxergam o quadro inteiro do problema. (as vezes até fora da caixa)
- Pensamento lógico e capacidade de resolver problemas matemáticos.
- Mais alegria, as vezes menos protocolos, mais produtividade.
E para sucesso ninguém solta a mão de ninguém. Onde o limite de um chega, o do outro completa, mas para isso:
Palestras e treinamentos focados em inclusão também são fundamentais para orientar líderes, gestores, empresários, CEO’S e colaboradores sobre a criação de ambientes acolhedores e adaptados se necessário, que valorizam a singularidade de cada indivíduo. Palestrantes especializados, como eu e minha equipe, têm a missão de trazer conhecimento sobre neurodiversidade, desmitificar preconceitos e demonstrar os benefícios reais de um ambiente de trabalho inclusivo.
Assim, encorajo todas as empresas a abraçarem a inclusão neurodiversa e diversidade social como uma estratégia de negócios essencial. É hora de supervisionar o potencial de cada profissional, independentemente de como seus cérebros funcionam. A diversidade neurodiversa não é somente uma necessidade social e política que a empresa precisa mostrar no século XXI, mas uma oportunidade ímpar de prosperar no mundo corporativo desse século.
Em suma, a inclusão neurodiversa é uma estratégia poderosa para impulsionar o sucesso . Ao abraçar a diversidade de cérebros e talentos, as empresas podem alcançar índices impressionantes de inovação, satisfação dos funcionários e produtividade, superando desafios e se destacando em um mercado cada vez mais competitivo.