Mobilização junto ao Sindicato dos Vidreiros de São Paulo garantiu direito; Entidade segue negociando com empresa
Inbra paga salário atrasado e funcionários encerram greve em Mauá. Foto: Divulgação/Sindicato
O funcionários do Grupo Inbra decidiram nesta quinta-feira (13/01), pelo encerramento da greve após a empresa fazer os pagamentos dos salários atrasados. A decisão foi tomada em assembleia na porta da fábrica, localizada em Mauá.
Para o Sindicato dos Vidreiros no Estado de São Paulo, não há dúvidas de que a mobilização da categoria “pressionou os patrões da Inbra” a resolverem logo a situação. “Fizemos mais uma demonstração de força e união dos trabalhadores, que estão de parabéns pelo enfrentamento. Sem luta, não tem vitória”, diz a entidade.
A mobilização teve início na última segunda-feira (10/01) por conta de atrasos nos salários, que deveriam ter sido pagos no dia 5 de janeiro, e atingia, principalmente, as categorias dos vidreiros e têxteis, os trabalhadores do chamado ‘chão de fábrica’. Os cargos de direção e do administrativo estavam com os salários em dia.
A empresa também deixou de fazer as contribuições ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o pagamento das férias de alguns trabalhadores – que foram informados que receberiam em parcelas de até quatro vezes. Sobre esses pontos, o Sindicato está em negociação com a Inbra para resolver o problema.
O Grupo Inbra, especializado em equipamentos de segurança e automóveis blindados, informa não ter data para regularizar a situação. De acordo com o sindicato. a empresa, que possui diferentes CNPJ’s para cada segmento de atuação, tem contratos em andamento com diversos governos estaduais, federal e no setor privado.
“Cansados da situação e em desespero com as contas para pagar, uma comissão de trabalhadores foi criada na terça, com representantes do Sindicato, para dialogar com os donos da empresa. Como na reunião, a Inbra dizia não ter prazo certo para o pagamento, o que motivou a decisão de paralisação dos funcionários, que foi referendada em assembleia na porta da fábrica”, afirmou o sindicato.