GCM de São Bernardo desocupa terreno invadido por 200 famílias
Fato aconteceu na madrugada deste sábado na rua Padre Leo Comissari
- GCM de São Bernardo desocupa terreno invadido por 200 famílias.
Foto: Divulgação/Movimento de Moradia
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 21/11/2020
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Fato aconteceu na madrugada deste sábado na rua Padre Leo Comissari
A GCM (Guarda Civil Municipal) impediu, na madrugada deste sábado (21/11), tentativa de invasão e ocupação irregular em terreno particular localizado na Rua Padre Leo Comissari, no Jardim Silvina. Dois ônibus e um caminhão carregado de lonas e toras de madeira se instalaram no terreno por volta das 3h30, com intuito de iniciar a ocupação.
Equipes de diversas inspetorias da guarda se deslocaram ao terreno e deram prazo para que os invasores se retirassem do local, o que não foi respeitado. Com apoio da Romu, os guardas iniciaram formação de linha para incursão e remoção dos indivíduos, que recuaram e deram início à remoção dos materiais e ao processo de retirada. “Em momento algum da intervenção houve uso da força. Após a saída, equipes da Romu permaneceram no local para evitar novas invasões”, informou a Prefeitura.
De acordo com a secretaria de Obras, o terreno pertence à Junta de Assistência Social Islâmica Brasileira, com pedido recente de autorização para construção de muros no entorno. “Não foram encontradas irregularidades, ou dívidas dos proprietários, junto à Administração”, informou a administração municipal.
De acordo com o Paço, a limpeza urbana e coleta seletiva é feita de forma regular no entorno, por meio da secretaria de Serviços Urbanos. “Apesar disso, e do trabalho de fiscalização e conscientização, o espaço tornou-se um ponto viciado de descarte irregular de lixo. A população do entorno não construiu na conservação da limpeza local”, completou.
O MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas) informou que as 200 famílias eram de diversos bairros pobres e alegam que o terreno “está abandonado” na cidade. “O espaço vazio gerava perigo e insegurança à população que se deslocava pelos arredores, servia como descarte de lixo e descumpria o Estatuto da Cidade da Constituição Federal no que diz respeito à função social da propriedade”, afirmou por meio de nota. “Mesmo a cidade tendo um déficit habitacional de 92 mil sem tetos, os terrenos e prédios que hoje não cumprem função social não podem ser utilizados como moradia”, completou nota do Movimento que criticou a ação da GCM pela desocupação.