Excesso de focos do mosquito e morte por dengue traz preocupação em Mauá
Governo Alaíde cancelou capacitação de agentes de saúde, mas diz que tem agido em diversos bairros e que foco de criadouros são maiores em residências
- Prefeitura informa que apesar de cancelamento de capacitação de agentes tem trabalhado no combate ao mosquito.
Foto: Divulgação/PMA
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 04/05/2019
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Governo Alaíde cancelou capacitação de agentes de saúde, mas diz que tem agido em diversos bairros e que foco de criadouros são maiores em residências
Mauá vive um momento crítico com relação ao combate ao mosquito da dengue. Em 2019, 105 casos de dengue foram notificados, sendo 44 confirmados. Desse total, 22 são autóctones, ou seja, que foram contraídos em Mauá. A cidade também registrou uma morte de um morador no último mês. A pessoa estava internada em um hospital de Santo André, mas não resistiu e foi ao óbito.
“Mauá está eliminando os possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti em diversos bairros da cidade. O cata-bagulho já passou por diversos bairros, entre eles, Parque das Américas, Jardim Zaíra e Vila Bocaina”, informou a Prefeitura.
Moradores afirmam pelas redes sociais que só em uma rua do Jardim Zaíra, a José Gonçalves Sanches, foram encontrados 30 focos.
Um fato também gerou muita polêmica na cidade, pois a capacitação dos agentes de saúde foi cancelada pela Prefeitura em 23 de abril. A oposição ao governo de Alaíde Damo (MDB) fez muitas criticas com relação ao ato administrativo. “Diante de um caso como esse, onde há um aumento nos focos do mosquito, a Prefeitura jamais deveria ter cancelado esse treinamento. Mauá está prestes a ter uma epidemia da dengue”, disse o ex-prefeito Atila Jacomussi (PSB), cassado pela Câmara em 18 de abril.
O governo Alaíde se defendeu e afirmou que, apesar do cancelamento da capacitação, o trabalho de combate ao mosquito permanece. “Continuamos atuando no combate ao mosquito. Os agentes de saúde vão de casa em casa procurar os focos de larvas, que é onde estão 80% dos criadouros dos mosquitos, fazendo a remoção ou limpeza dos locais para impedir que o mosquito nasça, pois eliminar em fase de larva é mais fácil que eliminar os mosquito adultos. Além desta ação, há o bloqueio em regiões de casos suspeitos, visita a pontos estratégicos (como ferro velho), imóveis especiais (UBSs e escolas), além de fazer a Avaliação Densidade Larvária (ADL), para saber como está a infestação no município”, informou a administração.
De acordo com a Prefeitura, também é preciso trabalhar a conscientização da população desde a infância. “Por isso, são realizados trabalhos educativos em escolas, além de exposições de maquetes em áreas de grande circulação de pessoas, reuniões em postos de saúde de áreas com ADL positivo e faixas, que estão sendo espalhadas pela cidade”, disse.
Segundo o governo, outras cidades da região também passam pelo mesmo problema. “Estamos trabalhando para conscientizar a população para não jogar entulho e lixo em locais inadequados, Mauá possui três EcoPontos para receber materiais recicláveis e a Prefeitura continua monitorando os focos de infestação”, disse a prefeita Alaíde.
Confira onde são os EcoPontos de Mauá:
Av. Guerino Stella, próximo ao nº 357, Jardim Zaíra
Rua Luiz Pacolla, próximo ao nº 21, Jardim Itapeva
Av. Jesuíno Nicomédio dos Santos, na esquina com Sebastião Antônio da Silva, Jardim Zaíra 4