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Ex-prefeito de Diadema Gilson Menezes morre aos 70 anos

Ex-chefe do Executivo por dois mandatos estava internado na UTI havia duas semanas na dependência de um transplante

  • Gilsom Menezes, ex-prefeito de Diadema, morre aos 70 anos.
    Foto: Reprodução
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 23/02/2020
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Ex-chefe do Executivo por dois mandatos estava internado na UTI havia duas semanas na dependência de um transplante

 

Gilsom Menezes, ex-prefeito de Diadema, morre aos 70 anos. Foto: Reprodução

 

O ex-prefeito de Diadema Gilson Menezes morreu neste domingo (23/02) aos 70 anos de idade. Ex-chefe do Executivo por dois mandatos, ele estava internado há duas semanas por conta de problemas renais. Gilson, que também tinha diabetes, estava na dependência de um transplante.

O velório será na Câmara a partir das 16h deste domingo e o enterro ocorrerá nesta segunda-feira (24/02), às 10h, no Cemitério Municipal de Diadema.

Gilson morreu às 0h30 no Estado de Santa Catarina, onde ficou quatro meses esperando por um transplante de rim. Na quarta-feira da semana retrasada, o ex-prefeito teve pico de pressão e foi levado ao hospital. Desde então, ficou internado na UTI, em estado grave. Na semana passada, os filhos foram acompanhá-lo após a notícia de que o quadro era irreversível.

Gilson é ex-metalúrgico e foi eleito em 1882 o primeiro prefeito pelo PT (Partido dos Trabalhadores). No segundo mandato (1997/ 2000) foi eleito pelo PSB. Sua carreira política foi marcada por ser um homem polêmico.

Durante seu segundo mandato fez greve de fome, se acorrentou na mesa contra os seqüestros de receita por conta de dívidas dos precatórios e seqüestrou um poste da antiga Eletropaulo em frente ao Paço para que não fosse cortada a energia da Prefeitura por falta de pagamento das contas.

Gilson nasceu na Bahia, no município de Miguel Calmon (360 km de Salvador), em 16 de julho de 1949. Chegou em Diadema com 11 anos de idade.

 

Gilson Menezes foi metalúrgico e liderou greves da categoria no ABCD em 1979 e se elegeu prefeito pelo PT em 1982. Foto: Reprodução

 

A principal empresa que trabalhou como metalúrgico foi a Scania, onde ganhou projeção como líder na categoria, inclusive comandando a histórica greve de 1979, que marcou a luta dos trabalhadores por direitos tlrabahistas e melhores salários. Gilson também lutou contra a Ditadura Militar (1964-1985).

Gilson Menezes foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, em 1980, e se elegeu dois anos depois com 23.310 votos .  Após desavenças no partido, se filiou ao PSB, partido pelo qual se elegeu deputado estadual e posteriormente prefeito em 1996 com  88.439 votos, ao lado da vice, Regina Gonçalves (PV).

Gilson tentou a reeleição em 2000, mas não conseguiu passar para o segundo turno disputado na época por José Augusto da Silva Ramos e José de Filippi Júnior (esse último saiu vencedor).

Gislon Menezese voltou ao cenário político em 2008 quando foi eleito vice-prefeito na chapa encabeçada por Mário Real (PT). Houve tentativa de reeleição, mas a chapa foi derrotada pelo prefeito Lauro Michels (PV), em 2012.

A última disputa de Gilson Menezes foi em 2016 quando tentou se eleger vereador, mas obteve somente 360 votos pelo PDT. Um ano depois anunciou sua aposentadoria na política e se mudou para Santa Cruz da Conceição, interior de São Paulo, onde vivia.

Homenagem

O filho Gilson Menezes Júnior, o Gilsinho, usou as redes sociais para fazer uma homenagem ao pai.  “Me falta palavras pra dizer o quanto você foi e sempre  especial na minha vida, meu pai, meu herói, meu exemplo. Infelizmente às 0h30 do dia de hoje nos despedimos de você, mas nos nossos corações estará para sempre, em cada batida, uma boa lembrança. Te amo pai, descanse em paz”, afirmou Gilsinho que deve ser o sucessor do pai na área política. Ele foi eleito Conselheiro Tutelar em outubro de 2019 tomou posse em janeiro deste ano.

Gilson Menezes Júnior, filho do ex-prefeito Gilson Menezes, foi em outubro eleito conselheiro Tutelar em Diadema. Foto: Divulgação/Facebook

 

Luto por três dias
O prefeito de Diadema, Lauro Michels, decretou luto oficial por três dias na cidade. Durante disputa pela reeleição, em 2016, o verde recebeu o apoio de Gilson Menezes. “Gilson foi um homem de ideais, acreditou no que fez e fez o que acreditou ser o melhor para a nossa cidade. Foi prefeito por duas vezes, vice-prefeito, deixou marcas que nunca serão esquecidas em nossa cidade”, disse o prefeito Lauro Michels.