Em operação contra pedofilia, Polícia prende 5 em Sto.André, S.Bernardo e Diadema
Operação internacional Luz na Infância, coordenada pelo Ministério da Justiça, contou com a participação de diversas unidades da Polícia
- Em operação Luz na Infância, que combate rede de pedofilia, Polícia prende 5 em Santo André, São Bernardo e Diadema.
Foto: Divulgação
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 19/02/2020
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Operação internacional Luz na Infância, coordenada pelo Ministério da Justiça, contou com a participação de diversas unidades da Polícia
A Polícia Civil, em parceria com o Ministério de Justiça e Segurança Pública, integrou nesta terça-feira (18/02) a sexta edição da Operação Luz na Infância. As ações de campo resultaram na prisão de 17 pessoas em todo o Estado de São Paulo. Os trabalhos visaram o combate à produção, armazenamento e distribuição de conteúdos relacionados à pedofilia.
Durante as investigações foram identificados 57 alvos em São Paulo, sendo 11 no interior. As cidades que participaram na Região do ABCD foram Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema. Foram presos cinco suspeitos e apreendidos computadores, notebooks, celulares, pen drives, além de armas de fogo e munições.
O inquérito que deu origem aos mandados de busca e apreensão para esta operação foi instaurado pela Delegacia de Defesa da Mulher de Santo André.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão, mobilizando em todo o Estado 201 policiais e 85 viaturas. Participaram da ação o Demacro, o DHPP e o DOPE.
Dentre os 17 alvos detidos, 11 serão indiciados por armazenamento; quatro por compartilhamento; um por produção de vídeo e outro por porte ilegal de arma. A pena para quem armazena conteúdos de pedofilia pode ser de um a quatro anos; já para quem compartilha, a pena prevista é de três a seis anos. Para quem produz, pode variar de cinco a oito anos.
Dentre as três prisões realizadas pela Divisão de Captura da Polícia Civil, comandada pela delegada Dra. Ivalda Aleixo, se destaca a de um professor, de 54 anos, que lecionava em um colégio da Capital. Ele agia há pelo menos três anos.
Na casa do suspeito, que já era monitorado pelos investigadores, foram apreendidos computadores, câmera, pendrives e HDs com material pornográfico infantil. Parte do conteúdo foi gravado dentro da escola onde o homem dava aulas. O professor utilizava caixas de remédio para esconder a filmadora portátil.
Inicialmente, foi arbitrada fiança no valor de 30 mil reais, mas ao analisarem parte das filmagens, os policiais registraram o flagrante e solicitaram a prisão preventiva.
O suspeito é acusado de produção e armazenamento de conteúdo de pedofilia, cuja pena é de 4 a 8 anos. “Até o momento não há indícios de que ele tenha cometido abusos sexuais ou que compartilhasse o material que produzia”, afirma o diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE), Osvaldo Nico Gonçalves.