Deic detém 36 pessoas envolvidas em golpes de empréstimos em Sto.André
Grupo agia em um espaço comercial que simulava escritório para enganar o público
- Grupo agia em um espaço comercial que simulava escritório para enganar o público.
Foto: Divulgação
- Por: Redação
- Publicado em: 29/10/2019
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Grupo agia em um espaço comercial que simulava escritório para enganar o público
Policiais civis do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) fecharam, na manhã dessa terça-feira (29), uma central para aplicação de golpes do empréstimo. Durante a ação, que aconteceu em Santo André, 39 pessoas foram detidas.
Os trabalhos investigativos e de campo foram realizados por agentes da 4ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio (Disccpat), que, durante apurações, detectou o esquema criminoso que tinha como chamariz o crédito consignado.
Conhecido como “arara”, o local simulava um escritório comercial para enganar o público. Os criminosos ofereciam dinheiro a juros baixos desde que antecipassem o pagamento de taxas de administração no valor, em média, de R$ 300.
A vítima pagava e nunca recebia o dinheiro contratado. Todas as tratativas eram realizadas por telefone ou Internet e, para evitar que o esquema fosse descoberto, os responsáveis montavam e desmontavam a sede, permanecendo nos imóveis em curto prazo, além de trocarem a cada 15 dias os telefones de contato.
A equipe do Deic tentou deter os responsáveis na semana passada, mas os criminosos haviam transferido a sede para outro endereço – avenida Utinga, descoberto hoje. O aparato havia sido montado sem nenhuma identificação, no andar superior de uma igreja.
A equipe ainda encontrou no local documentações de vítimas, como dados cadastrais de instituições financeiras. O dinheiro dos golpes era depositado em 20 contas bancárias alugadas por correntista com a promessa de receber um percentual. Um levantamento preliminar informa que a quadrilha agia havia seis meses. A “produção” dos golpistas chegava a atingir 100 pessoas por dia.
Na ação, os agentes flagraram os 36 golpistas em pleno trabalho. São 32 mulheres, dois homens e dois adolescentes. Todos admitiram que sabiam do golpe, sendo que ganhavam por comissão. Os adultos respondem por estelionato, associação criminosa e corrupção de menores. Os adolescentes foram sindicados pelo estelionato e pela associação criminosa.