Covid-19 agrava renda e desemprego nas cidades do ABCD
Levantamento da Metodista mostra que 12% perderam mais de 50% de renda familiar
- Levantamento da Metodista mostra que 12% perderam mais de 50% de renda familiar.
Foto: Divulgação
- Por: Redação
- Publicado em: 23/05/2020
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Levantamento da Metodista mostra que 12% perderam mais de 50% de renda familiar
O desemprego subiu nos sete municípios do ABCD para 17% da PEA (População Economicamente Ativa) após a crise da covid-19. Somente em abril, 4,8% perderam o trabalho com carteira assinada, somando-se aos 12,4% que já estavam desempregados, conforme pesquisa sobre Impacto do Coronavírus na Economia Regional realizada pela Universidade Metodista de São Paulo. Esse cenário acrescentou 4,5 pontos percentuais de desemprego à PEA regional.
Trata-se da segunda edição do levantamento, realizada na 2ª quinzena de abril, que indica também agravamento no nível de rendimentos no ABC. Pelo menos 54% dos 407 entrevistados informaram que houve queda na renda familiar em abril, 12% dos quais registrando baixa de mais de 50%. Na primeira pesquisa, feita na 1ª quinzena do mês passado, as taxas eram de 46% e 10%, respectivamente.
“Entre os fatores para a queda de renda estão a elevação do desemprego, a redução da atividade econômica dos autônomos e empreendedores, a ampliação da proporção de assalariados que passaram a se deparar com atrasos no pagamento do salário e a redução da jornada de trabalho acompanhada de redução de salários”, avalia a coordenadora do curso de Ciências Econômicas da Metodista, professora Silvia Okabayashi.
Menos trabalho e salários
Segundo o levantamento realizado pelo Observatório Econômico da UMESP, 12,7% tiveram reduzidos salários e jornada de trabalho, conforme iniciativa autorizada pelo governo federal, e outros cerca de 6% apontaram que a empresa concedeu férias ou impôs utilização do saldo de banco de horas.
Com o impacto negativo sobre a renda, houve ampliação das contas em atraso. Uma em cada quatro famílias (24,7%) dos sete municípios do ABC se viu obrigada a atrasar faturas no último mês. Essa proporção se soma às 11,1% de famílias que já tinham contas em atraso.