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Comunidade terapêutica praticava agressões e tortura contra internos

Instituição possui denúncias de agressões, tortura e até o óbito na Grande São Paulo; Internos relatam semelhança com prisões

  • Veja as chocantes revelações de agressões, tortura e até óbito em comunidades terapêuticas na Grande São Paulo, conforme investigação do Fantástico.
    Foto: cottonbro studio/Pexels
  • Por: Redação
  • Publicado em: 27/11/2023
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Instituição possui denúncias de agressões, tortura e até o óbito na Grande São Paulo; Internos relatam semelhança com prisões

Comunidade terapeutica praticava agressões e tortura contra internos

Denunciantes revelam tortura e até óbito em instituições na Grande São Paulo, conforme investigação do Fantástico. Foto: cottonbro studio/Pexels

Famílias desesperadas por soluções para dependentes químicos muitas vezes recorrem a comunidades terapêuticas. Estas instituições, que deveriam ser refúgios de apoio e recuperação, estão agora sob escrutínio após uma investigação de sete meses conduzida pelo programa Fantástico, da TV Globo.

O que foi descoberto nas unidades da Grande São Paulo é alarmante: agressões, tortura e até acusações de óbito, lembrando os horrores de antigos manicômios.

A realidade sombria na Comunidade Terapêutica

Nas unidades da Comunidade Terapêutica Kairós, por exemplo, foram registradas imagens brutais de um homem sendo agredido por sete pessoas. Em outra unidade, dois internos morreram este ano.

Uma paciente, que preferiu manter o anonimato, relatou ao Fantástico a violência que sofreu na Kairós. Ela foi atraída pela aparência acolhedora da instituição que aparece na internet, mas a realidade era bem diferente. Entre dezembro e março, ela ficou contra a sua vontade na unidade feminina da Kairós, em Juquitiba, descrevendo a experiência como um “sistema de cadeia”.

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Métodos de punição

A paciente descreveu métodos de punição como o “buraco”, usado para castigar as internas, e a “parede”, onde as vítimas eram forçadas a ficar olhando para a parede por longos períodos.

Além da violência física, as psicológicas também eram uma constante. Ela mencionou o uso do “gogó”, um tipo de estrangulamento, frequentemente realizado na frente de outros internos para incutir medo. Apesar das acusações de tortura, a unidade feminina da Kairós continua aberta, em processo de regularização.

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