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Com fim de convênio, ABCD perderá 81 médicos cubanos

Mauá é a mais prejudicada com o fim da parceria entre Brasil e Cuba no Programa Mais Médicos, pois dos 42 profissionais da cidade, 33 são cubanos

  • Médicos cubanos vão deixar o País com o fim da parceira no programa Maia Médicos.
    Foto: Reprodução/Ismael Francisco/ Cuba debate
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 15/11/2018
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Mauá é a mais prejudicada com o fim da parceria entre Brasil e Cuba no Programa Mais Médicos, pois dos 42 profissionais da cidade, 33 são cubanos

 

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Médicos cubanos vão deixar o País com o fim da parceira no programa Maia Médicos. Foto: Reprodução/Ismael Francisco/ Cuba debate

 

Com o fim do convênio entre Brasil e Cuba no programa Mais Médicos, a região do ABCD perderá 81 profissionais de um total de 151 que atuam nas equipes da Saúde da Família. O fim da parceria foi anunciado nesta quarta-feira (14/11) pelo Ministério da Saúde. O programa Mais Médicos tem 18.240 vagas em 4.058 cidades do País e cobre 73% dos municípios do País.

A mais prejudicada da região do ABCD é Mauá, pois dos 42 médicos que atuam na rede por meio do programa, 33 são cubanos. “Com a decisão do governo de Cuba, a administração municipal demonstra preocupação, visto que existe dificuldade de contratação de profissionais médicos para a atenção básica”, afirmou o governo do prefeito Atila Jacomussi (PSB) por meio de nota oficial.

O rompimento do programa entre o Brasil e a Opas (Organização Pan-americana de Saúde) ocorreu depois de uma declaração do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) de que faria alterações no projeto. Por meio de um comunicado, Cuba argumentou que a saída da parceria foi motivada por declarações “ameaçadores e depreciativas”. “Não aceitamos que se ponham em dúvida a dignidade, o profissionalismo, e o altruísmo dos colaboradores cubanos que, com o apoio de seus familiares, prestam serviço atualmente em 67 países”, informou o Ministério da Saúde Pública de Cuba.

De acordo com o Ministério da Saúde brasileiro, o País adotará medidas para garantir a assistência das pessoas atendidas pelas equipes da Saúde da Família que contam com profissionais de Cuba. Entre as iniciativas está a publicação de edital para a convocação de médicos que queiram ocupar as vagas ocupadas por cubanos. “Será respeitada a convocação prioritária dos candidatos brasileiros formados no Brasil seguida de brasileiros formados no Exterior”, informou nota do governo federal.

Após rompimento de Cuba, o presidente eleito Bolsonaro se posicionou por meio do Twitter. “Condicionamos à continuidade do programa a aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinadas à ditadura, e a liberdade para trazerem suas famílias. Infelizmente, Cuba não aceitou”, finalizou.