Câmara de Mauá rejeita segundo pedido de impeachment contra Atila
Foram 20 votos contrários e apenas dois a favor; autores da solicitação se revoltaram com placar; assista vídeo
- Dos 23 vereadores de Mauá, apenas 7 se reelegeram.
Foto: Gislayne Jacinto
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 05/06/2018
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Foram 20 votos contrários e apenas dois a favor; autores da solicitação se revoltaram com placar; assista vídeo
A Câmara de Mauá rejeitou nesta terça-feira (05/06) o segundo pedido de impeachment contra o prefeito licenciado Atila Jacomussi (PSB), que encontra-se preso na Penitenciária do Tremembé, em São Paulo. A solicitação tinha sido feita pelo partido Rede Sustentabilidade. O s autores se revoltaram contra a decisão dos vereadores (assist vídeo). Foram 20 votos contra e apenas dois favoráveis: Marcelo Oliveira (PT) e Gil Miranda (PRB). O presidente da Câmara e pai de Atila, Admir Jacomussi (PRP), não votou por estar no exercício da presidência.
A presidente da Rede, Georgiana Pires, se disse indignada com a rejeição do pedido protocolado na semana passada. “Os vereadores são contra a corrupção no governo federal, mas no município não foi isso que aconteceu. Eles deixaram o lixo debaixo do tapete. Deveriam votar a favor da população”, afirmou.
Atila Jacomussi foi preso pela PF (Polícia Federal) em 9 de maio, quando houve um flagrante em sua casa de uma quantia de R$ 87 mil. Na residência de seu então secretário e braço direito, João Eduardo Gaspar, também foram encontrados R$ 588,4 mil , além de 2,9 mil euros. A PF suspeita de lavagem de dinheiro e suposto desvio de verba de contratos da merenda escolar.
O prefeito tem negado por meio de seus advogado qualquer irregularidade e alega que o dinheiro é oriundo de seu salário de R$ 18 mil por mês e aluguéis de imóveis. Por estar preso, o prefeito pediu afastamento do cargo por 45 dias, que vencerá em 23 de junho. Em seu lugar está a vice Alaíde Damo (MDB).
O presidente da Câmara Admir Jacomussi (PRP) não deu declarações sobre o impeachment. Colegas tem afirmado que o chefe do Legislativo tem se mostrado muito abatido com a situação e, em alguns momentos, chega até a chorar.