Atila pede para Comissão de Impeachment ouvir vereadores
Três parlamentares são citados no pedido protocolado na Câmara nesta quinta-feira: Fernando Rubinelli, Chiquinho do Zaíra e Cachorrão
- Dois desembargadores já votaram por aceitar a denúncia contra Atila, mas houve pedido de vistas do processo aceito por outros três magistrados.
Foto: Gislayne Jacinto
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 08/03/2019
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Três parlamentares são citados no pedido protocolado na Câmara nesta quinta-feira: Fernando Rubinelli, Chiquinho do Zaíra e Cachorrão
A defesa do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), protocolou nesta quinta-feira (07/03), na Câmara, documento em que pede para que três vereadores da cidade sejam ouvidos na Comissão de Impeachment instaurada contra o chefe do Executivo por quebra de decoro parlamentar. Os citados são Fernando Rubinelli (PDT), que era líder de governo, Chiquinho do Zaíra (Avante), integrante da bancada de oposição e Adelto Cachorrão (Avante), da base de sustentação do socialista.
Atila foi preso duas vezes em 2018, sendo uma em maio e outra em setembro. Nessa última detenção, o prefeito ficou preso 64 dias, mas foi solto em fevereiro após liminar do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
De acordo com o advogado do prefeito, Leandro Petrin, trata-se de um pedido de reconsideração, pois a Comissão indeferiu a primeira solicitação sob o argumento de que os vereadores não teriam nada a acrescentar.
Essa Comissão por quebra de decoro é a que se baseia em denúncia da PF (Polícia Federal) de que Atila receberia propina de empresas fornecedoras da Prefeitura para supostamente dividir com 21 dos 23 vereadores da cidade, além de um suplente. Os três vereadores arrolados como testemunhas são citados na denúncia da PF em operação batizada como Trato Feito. Todos os acusados negam as denúncias.
“Acho que os vereadores têm algo a dizer. Um era líder de governo e queremos que ele fale como eram feitos os encaminhamentos das votações. O outro vereador é da oposição e o terceiro é bancada de sustentação. Não acreditamos que os vereadores recebiam coisas ilícitas para votar os projetos. Por isso, pedimos para ouvi-los”, concluiu Petrin.
Vacância
Há também uma segunda comissão de impeachment que tramita na Câmara contra o prefeito por vacância do cargo – A LOM (Lei Orgânica do Município) autoriza 15 dias de licença e Atila ficou 64 dias afastado do cargo sem autorização legislativa.
Nesta comissão, Atila será ouvido em 11 de março, às 9h. Sua vice-prefeita Alaíde Damo também presta depoimento no dia 14, às 9h.