Após namorada ser morta pelo companheiro, moradores de S.Caetano protestam
Amigos e representantes de várias ONGs foram ao Vale do Anhangabaú, em São Paulo, dar café da manhã aos moradores de rua e ração aos cachorros
- Moradores de São Caetano fazem ato contra feminicídio e homenageiam veterinária morta pelo namorado.
Foto: Divulgação
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 24/02/2019
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Amigos e representantes de várias ONGs foram ao Vale do Anhangabaú, em São Paulo, dar café da manhã aos moradores de rua e ração aos cachorros
Moradores de São Caetano protestaram neste domingo (24/02) contra o feminicídio devido a morte da veterinária Paula Patrícia de Mello, 38 anos, no início deste mês. Ela foi assassinada pelo companheiro Givanilson Vanderson dos Santos, de 26 anos. Além do protesto com cartazes e faixas, os manifestantes decidiram oferecer um café da manhã solidário aos moradores de rua, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, e dar ração aos cachorros.
De acordo com Lígia Regina, amiga da veterinária, Paula Patrícia pertencia a várias Ongs., entre elas Irmãos de Rua, de São Caetano. Além da manifestação, a ideia foi prestar uma homenagem à veterinária que prestava vários serviços voluntários. “Esse café da manhã foi para dizer um basta ao feminicídio. Estamos perdendo nossas mulheres. Aproveitamos e fizemos uma linda homenagem para a Paula Patrícia. Estamos indignados com toda essa situação. Minha amiga foi morta pelo grande amor de vida dela. Precisamos dar um basta a estes homens covardes, não somos proprietárias deles”, disse Lígia Regina.
Entenda o caso
A veterinária Paula Patrícia de Mello foi morta em 2 de fevereiro com 21 perfurações de faca. O namorado e autor do crime tentou o suicídio em 7 de fevereiro ao tentar se jogar do 4º andar o Complexo Hospitalar Márcia Braido, onde estava internado porque depois que matou a companheira escorregou no sangue e atingiu a própria barriga.
O assassino confesso estava algemado na cama do quarto do hospital, mas conseguiu se jogar junto com a própria grade onde estava preso. Givanilson acabou caindo no segundo andar do prédio e fraturou a perna e teve ferimentos na cabeça.
De acordo com a Prefeitura, ele ainda está internado no hospital.