Após 40 anos, Sto.André finaliza regularização de imóveis no Centreville

Neste domingo (06/02), foram entregues pela Secretaria de Estado da Habitação e pela Prefeitura 323 matrículas de imóveis

Foram entregues pela Secretaria de Estado da Habitação e pela Prefeitura 323 matrículas de imóveis às famílias do Centreville. Foto: Divulgação/PSA-Helber Aggio

A Prefeitura de Santo André concluiu o processo de regularização de imóveis do Centreville, uma reivindicação que durava 40 anos. Por conta da demora na entrega das escrituras durante décadas, algumas famílias chegaram a acionar a Justiça, mas agora o documento foi liberado gratuitamente após a Secretaria de Estado da Habitação destravar juridicamente o impasse, inclusive mudando o Estatuto da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitação Urbano).

Neste domingo (06/02), foram entregues 323 matrículas de imóveis. Houve morador que chorou como foi o caso de Tarcísio da Silva Calé, que representou as famílias durante os discursos. “Esperamos 40 anos para chegar aqui. Graças à ação da Prefeitura e ao secretário Marangoni que conseguimos realizar esse sonho”, disse.

As primeiras entregas ocorreram em fevereiro de 2020, em cerimônia realizada no Salão Burle Marx, no prédio da Prefeitura. Desde então, foram beneficiadas cerca de 1.300 famílias que aguardavam há 40 anos pela regularização de suas residências.

“Hoje é o começo de um novo Centreville. Esse bairro, que tem uma história de luta, agora respira com tranquilidade e seguirá recebendo investimentos e atenção do poder público. O Complexo Viário Cassaquera, que inauguramos na semana passada, é um dos exemplos”, afirmou o prefeito Paulo Serra.

A entrega das matrículas marca a solução definitiva para uma demanda que se arrastava há quatro décadas e foi possível graças a uma parceria entre a Prefeitura de Santo André e o Governo do Estado de São Paulo, por meio da CDHU. Os documentos foram entregues aos moradores sem nenhum custo.

Falência de construtora e ocupação  da área

– O bairro Centreville surgiu após a tentativa de construção de um condomínio de alto padrão. As obras tiveram início em 1973, porém, após a falência da construtora Nova Urbes, responsável pelo projeto, o terreno foi abandonado. A área foi ocupada em 1982, com as casas já prontas, faltando apenas alguns acabamentos.